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Pós-Modernidade: a luta por reconhecimento e distributividade (Parte III - Memória e Revolução)

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É importante observar que neste processo de “nadificação” na pós-Modernidade, de predominância do feito sobre o fazer, com a “popularização” do discurso e a “imediaticidade” do observável, a busca por reconhecimento de grupos se coloca em plano para as possibilidades, de um lado, de não se cair em um pessimismo inoperante, de outro, não ser um ativismo sem intencionalidade coletiva. Assim, pode-se indagar sobre quais as fontes referenciais que o sujeito “tem à mão” para construir uma identidade genuína , ver respeitada sua personalidade em um mundo que prima pela indiferença e coisificação tanto quanto pela avidez monetária e perda de sentido histórico. A dinâmica do capital leva ao “globalismo” e à deterioração das fronteiras nacionais, enquanto os grupos sociais se desenvolvem em termos de movimentos específicos e segmentos de “representação”; mas não devemos desvinculá-los e os autonomizar quanto à possibilidade de incorporar suas reivindicações e oportunizá-las coletivamen

Sobre a ética e o amanhã

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Todas as éticas têm pontos favoráveis e pontos negativos. Então Aristóteles criou o justo meio no séc V a.C.. Quem diria que a necropolítica fascista teria que ser analisada pela ética "instrumental" (ponto negativo). Mas no caso do texto existe uma apropriação aristotélica, ainda que Aristóteles dificilmente pode ser classificado neste quesito. Sempre se poderá usar o bem comum para matar ou para ilibar. Em princípio não se pode desejar a outro o que não se consente para si (a menos que exista um contrato aceite para tal, e ainda assim de acordo com a lei e demais valores sociais-ética tipo contratualista). Claro o texto de alguma forma julga os outros... isto implica logicamente que 1. Se faça o mesmo com o julgador; 2. Se exerça o poder de julgar, quer dizer, de ser superior. A questão colocada pela deontologia ou ética dos valores é que efetivamente o único julgamento legítimo e razoável é aquele que eu faço sobre mim; não se trata exatamente de valores morais cristãos, a

LIVRO HISTÓRIA DIREITO

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A HERANÇA DO DIREITO BRASILEIRO PRIMEIROS CÓDIGOS LEI HEBRAICA GRÉCIA ROMA DIREITO IBÉRICO

(Pandemia) Os Três Tipos de Desobediência Civil - Introdução ao Pensamento de Henry David Thoreau

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N ão existem dúvidas que a sociedade civil brasileira rejeita peremptoriamente a voz de comando do governo, seja Federal, Estadual ou Municipal. Não seja a "força da lei" com sanções "sensíveis" ao cidadão e a fiscalização policial e militarizada do Estado, dificilmente haverá adesão espontânea da população a recomendações e mesmo ações do poder público. Nem sequer diante de grandes desastres sociais ou naturais, como o caso de Pandemias. 

Trabalho e Saúde Mental no Neoliberalismo

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Desenvolvi minha explanação em três pontos que considero fundamentais: 1. O trabalho não era o que entendemos hoje por tal e com as virtudes que acreditamos o mesmo possuir - existe uma história do trabalho.  Nas grandes civilizações o trabalho era nitidamente diferenciado do não trabalho ou ociosidade. Acho que ainda o é! Desde as mais remotas sociedades esta divisão conferia status e poder aos ociosos que podiam se dedicar às atividades místicas e planejar a sobrevivência material na natureza; e em alguns casos também as atividades ligadas à guerra - nas sociedades primevas os conflitos armados são atividades políticas.   Na antiguidade, como na Grécia, o trabalho nobre ou superior era dedicado à filosofia, política, justiça, às artes e aos jogos (jogos físicos e intelectuais como a poesia e a representação teatral). Os trabalhos menos nobres eram os dedicados à economia - trabalho na terra e no lar efetuado por estrangeiros, escravos e em alguns casos atribu

Carta a Um Amigo: Pessimismo, Otimismo e Realismo

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Oi Luis.  Então agora eu vi o vídeo. Acho que ja tinha visto... minha humilde observação: 1.O pessimismo é uma escola filosófica grega atribuída a Anaximandro - o pessimismo ñ é filosoficamente "vagabundagem", pelo contrário, ser pessimista pode ser uma forma de contestação a demonstrar o que é irracional injusto egoísta etc; da mesma forma um otimista pode fazer um discurso que vela omite distorce as coisas erradas e injustas; 2. Sempre fico pensando que mesmo no senso comum um indivíduo pode ser realista otimista ou realista pessimista, porque "realismo" também é na filosofia uma escola como em Aristóteles ou Hannah Arendt - o realista é aquele que acredita que existem fatos e fenômenos reais e que podem ser incontestavelmente explicados; geralmente os materialistas são mais realistas; por outro lado podemos usar otimismo e pessimismo como adjetivo. O problema do realismo como escola filosófica e sociológica é que acredita que existem coisa

A Resiliência Perversa do Capital em Tempos de Pandemia

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É triste quando vemos que não conseguimos ainda fazer um processo de formação política, consciência crítica do quadro social e que ainda estamos pautados pelo senso comum. Os direitos trabalhistas já acabaram e boa parte dos trabalhadores está batendo palma para esta morte anunciada, de si próprios. Não é possível refletirmos sobre o nosso mundo hoje se nós não entendermos o que acontece mundialmente com a sociedade em que vivemos, que é a sociedade capitalista. Cada vez mais fica explícito que o problema é o capitalismo e no entanto, a análise social, a análise das pessoas ou o que tange a essa visão de mundo tem sido a mais perdida e afastada desse que é o problema central. Vivemos o "problema do capitalismo" e infelizmente para a massa trabalhadora não é tão inteligível que a questão é estrutural. As pessoas sabem o que é emprego, desemprego, fim do 13º, fim da justiça do trabalho etc. Não sabem dizer no entanto se o capitalismo vai bem ou vai mal.

Objetivismo e Subjetivismo Jurídico na Pós-Modernidade

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A argumentação objetivista de que a segurança jurídica está garantida pelo aparelho estatal e pelo ordenamento jurídico é inverossímil. A consequente refutação de que o subjetivismo condiciona a vida social a um relativismo permissivo e pernicioso é igualmente ilógico e desprovido de razão. Não são necessários estudos consideráveis para se constatar tal fato, basta atentarmos para a violência e o medo com que as pessoas vivem em sociedade. Falta de poder estatal e estabelecimento normativo não é. Por outro lado é preciso considerar que o Estado e o Direito modernos são instituições humanas criadas e recriadas em séculos não muito longínquos, principalmente se tais fenômenos forem considerados em relação aos milhares de anos de existência da espécie humana. Os primeiros hominídeos surgiram na terra há aproximadamente cinco milhões de anos; o homo sapiens tem aproximadamente 200 mil anos. O código de Hamurabi foi elaborado por volta de 1700 a.C., portanto tem pouco mais de 3 700 ano

As Veias de David (Meia Entrada)

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Agora essa idiotice de artistas e cantores sertanejos, que dizem que têm prejuízo!?, do lado do fascismo defenderem o fim da meia entrada. É tão absurdo que esquecem que a meia entrada não atende apenas demandas dos estudantes, mas de aposentados, idosos, deficientes, doentes e jovens de baixa renda, professores, coordenadores e diretores de escolas da rede pública (Existe Lei Federal 12933/13; Lei Estadual 15298/14). Acontece que a Educação e a Cultura não são propriedade de pessoas particulares, grupos os privilegiados. A Educação e Cultura são construções históricas coletivas cujos conhecimentos e experiências são passadas à frente geração após geração. Educação e Cultura são patrimônio universal da humanidade! Sua apropriação privada e sua comercialização são a maior perversidade e expropriação imposta à humanidade e, neste sentido, quanto mais a ciência e conhecimento humano se desenvolvem maior a desumanidade e hedionda, nonsense, a sua apropriação  e exploração privada. A Ed

Filosofia do Direito