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Mostrando postagens com o rótulo Arte

LIVRO "DIREITO AO ÓCIO"

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CLIQUE E VEJA O PREÇO PROMOCIONAL   / ESTATÍSTICAS ATUAIS DE EMPREGO E DESEMPREGO   / SINOPSE:   "OS DESAFIOS AO TRABALHO E A NOVA CULTURA"   ==> Será o trabalho econômico um fenômeno universal e intransponível para a existência humana? Diferentemente do que se pensa, o trabalho econômico não é natural nem desejado, mas compulsório e assumido. Estudos apontam para o fato que o desejo do homem é a ociosidade voltada ao trabalho imaterial e às atividades criativas. Na história, a luta pelo poder sempre tem em seu interior a necessidade de definir quem produzirá, e de que forma, para quem. Quem vence, conquista o direito à ociosidade, e quem perde, o direito a produzir para os outros, definindo assim as relações sociais, os valores e os limites culturais da sociedade. Tendo isso em vista, O Direito ao Ócio trata da situação de desemprego estrutural para os trabalhadores nas sociedades contemporâneas, suas consequências e paradoxos do empreendimento capitalista. Neste cenário

Um título grande (Para) um texto pequeno: Elocubrações, Insinuações e Paixões de Fausto Wolff a Filadélfia: o resgate da dignidade no direito ou sobre a diferença para a justiça

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Fausto Wolff: "-Eles não são juízes. São Apenas corpos. As togas comandam os corpos. São togas que jantam, respiram e julgam. As agulhas coseram os corpos às batas. Os homens precisam morrer para a lei triunfar. Quem não for da lei será julgado". De muito tempo, um velho professor me dizia que "a filosofia servia para retirar a virulência da lei". Kafka povoa os sonhos dos homens. Dormimos para sonhar. A maldição é que o sono não descansa, passa em memórias de forma criptografada, insinua-se entre as realidades aprendidas. Lá, entre os abismos do aprendido a civilização debate-se com a verdade. Realidade e verdade são coisas tão distintas... "Como uma heroína trágica, Maria Auxiliadora cobriu o rosto com as mãos. - Não me diga verdades, não me diga verdades. Quero mentiras nas quais possa acreditar". Andy ocultou a verdade enquanto pode, não é uma mentira, apenas um medo: "Filho do medo, o homem se afasta inexoravelmente, a cada minuto que p

A Gargalhada: O Expressionismo Alemão e o Bolsonarismo

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O Gabinete do Dr. Caligari (1920). Entre 1919 e 1924, no período logo após a 1ª. Guerra Mundial, surgiu na Alemanha um movimento estético chamado de Expressionismo Alemão. O primeiro filme que iniciou o movimento chama-se "O Gabinete do Dr. Caligari". Sua história é a seguinte: dois soldados alemães no final da guerra estão hospitalizados devido a seus ferimentos e descobrem que têm as mesmas ideias sobre as guerras. Após a guerra ambos decidem escrever o roteiro de um filme sobre o tema, mas de forma metafórica. O roteiro original foi escrito por Hans Janowitz e Carl Mayer, e foi dirigido em 1920 por Robert Wiene. A este último se deve em grande parte os efeitos que o filme teve sobre o povo alemão na época e, afinal, efeito que perdura até nossos dias, não como fatalidade, mas como "farsa". Aconteceu que os dois roteiristas venderem o roteiro e os produtores da época convidaram Fritz Lang (do filme "Metrópolis") para o dirigir. Este por sua vez, alegando

Frederic Jameson: NBA, Jacob Blake e a Cultura do Dinheiro

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Por quê os jogadores da NBA voltarão a jogar após os protestos contra a agressão a Jacob Blake? Estou lendo um autor especial - Frederic Jameson, A Cultura do Dinheiro. No capítulo "Fim da arte" ou "Fim da história", o autor indaga se Hegel tinha razão sobre a afirmação do fim da arte, e se Fukuyama e Kojève o mesmo sobre o fim da história. No caso de Hegel, a superação humana do belo figurativo clássico - como expressão do espírito rumo ao "espírito absoluto", coletivo, expressão da totalidade - se dá na filosofia iluminista que Hegel acreditou ser a Modernidade (na política e no direito esse absoluto se encontra na filosofia do Estado/ Sociedade Civil). No caso de Kojève, um ex-stalinista e um dos formuladores da UE, assim como Fukuyama, o fim da história se dá após o "fim" da guerra fria com a prevalência do sistema capitalista de forma hegemônica na globalização dos mercados e nas políticas neoliberais dos governos. Segund

Heidegger e "A Que Horas Ela Volta?"*

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Depois de “Central do Brasil”, este é um dos melhores filmes que se fez em nosso País: oportuno e sensível!   Eu não assisto muito mais filmes “realistas”, menos ainda esses que sobem aos morros e mostram toda a miséria e violência humana. não porque eu acho que eles são inverídicos ou sensacionalistas (embora muitos o sejam, preocupados mais em bilheteria que outra coisa!). mas simplesmente porque vou ao cinema (e eu vou muito!) para me “sensibilizar”! não vou ao cinema para ter um “choque de realidade”. o dia a dia é suficiente para saber o que é a barbárie da “realidade”. por outro lado, o cinema não é apenas uma diversão, mas uma “arte” capaz de nos transportar para o sonho: talvez apenas ali, no sonho, exista afinal a “realidade” com menos barbárie.   “A Que Horas Ela Volta?” é uma arte! Ana Muylaert, a roteirista e diretora, sabia o que queria, e sem querer ser retórico, citaria Edgar Allan Poe: “Nada é mais evidente que o fato de que todo argumento merecedor deste no

Memória e História em termos Kitsch - Revisitando Blade Runner (2019)

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Fonte da foto: IGN.com Uma narrativa contém toda a expressividade da experiência vivida que varia em grau entre a pessoalidade e impessoalidade, entre a identidade (particular) e a personalidade (subjetiva a partir do coletivo); mas de todas as formas tem que ser interpretada. Hayden White (2011, p. 588) indaga com propriedade: “A história é uma atividade interpretativa, qual é sua política?” Aquilo que se lê, pelo plano cultural, superestrutural, portanto, não é o mesmo a cada momento, o que significa que a cada momento uma historiografia se forma com base em um repertório que não e só pessoal, mas sobre a influência de uma memória que não é apenas isso, ela é igualmente impessoal (coletiva). É por aqui que podemos então afirmar que “coletivamente” a memória funciona como o elo de continuidade “do já dado”. Mas mesmo sendo assim, parece irrefutável que para o Ser é inexcusável essa necessidade de recuperação e preservação da memória, possivelmente não tanto pelo repetir do “já

Pela Mão de Benjamin e Bergson: forma artística do fascismo e a Modernidade (Ensaio)

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Um exame de WALTER BENJAMIN nos leva a pensar a arte em sua metamorfose comunicativa e questionar o seu papel a partir da Modernidade. Antes a arte era para ver e inteirar-se sem a tocar, é a distância que inspira, importa a presença teológica (que paira!). A arte clássica tem áurea como um culto. Essa áurea se perde com a reprodutividade técnica. Deixa de ser valor cultual e sim valor de exposição. Não existe mais culto e sim propagação de imagem. No cinema (treinamento!) a distância se vai. Serve para excitar e o espaço é um sistema de venda da imagem. ("Supermercado do visível" em Peter Senje). O cinema pode alterar, manipular a imagem e mudar a percepção, pode recompor a imagem e entrar na mente do espectador. Por este motivo cineastas procuraram fugir às manipulações (Tarkovski, Antonioni, Goudard). Isto não pode acontecer com o pintor (mas é possível com o mágico - e a mágica que manipula a atenção e os sentidos é arte? (Ricardo Harada)). Ao mesmo tempo Benjamin

As Veias de David (Meia Entrada)

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Agora essa idiotice de artistas e cantores sertanejos, que dizem que têm prejuízo!?, do lado do fascismo defenderem o fim da meia entrada. É tão absurdo que esquecem que a meia entrada não atende apenas demandas dos estudantes, mas de aposentados, idosos, deficientes, doentes e jovens de baixa renda, professores, coordenadores e diretores de escolas da rede pública (Existe Lei Federal 12933/13; Lei Estadual 15298/14). Acontece que a Educação e a Cultura não são propriedade de pessoas particulares, grupos os privilegiados. A Educação e Cultura são construções históricas coletivas cujos conhecimentos e experiências são passadas à frente geração após geração. Educação e Cultura são patrimônio universal da humanidade! Sua apropriação privada e sua comercialização são a maior perversidade e expropriação imposta à humanidade e, neste sentido, quanto mais a ciência e conhecimento humano se desenvolvem maior a desumanidade e hedionda, nonsense, a sua apropriação  e exploração privada. A Ed

Racismo Algorítmico?

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Na última edição de dezembro/2019, a Revista E, publicação mensal do SESC, São Paulo, apresenta dois artigos a propósito da pauta “Existe neutralidade nas redes?”. Eu vou comentar diretamente o artigo “As tecnologias não são neutras” (p. 44) [1] . Mas o que pretendo comentar diz respeito igualmente ao artigo primeiro, pelo menos quanto à premissa inicial, que existe um “racismo algorítmico” das Inteligências Artificiais (IA) que estão por trás do compartilhamento de nossas redes de relacionamento digitais (“virtuais”) contemporâneas. O referido artigo começa elencando o nome de vários fundadores famosos que obtiveram sucesso com suas invenções, afirmando que o que eles têm em comum, é o fato “da grande maioria – senão todos – serem brancos, heterossexuais e do hemisfério norte” (sic). E a partir daqui todo o texto reflete esta premissa fundante: os inventores das modernas redes de comunicação social fizeram algoritmos de acordo com sua própria visão racial, de gênero, social, pol

Michel Maffesoli - Fazer da Vida uma Obra de arte (Anotações)

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Fonte da foto: zelmar.blogspot.com Uma época é uma metáfora tal como a pós- modernidade. A cultura "vem com o leite materno", sem percebermos. A modernidade é uma matriz ou paradigma vitorioso. No ocidente temos o mito da evolução da civilização que sai da barbárie. Crise serve para separar a palha do grão como uma "peneira". O Indivíduo... se separa ... Mas somos tribais. A "estrela" moderna já morreu... mas tem a sua luz; é algo que está nascendo e não sabemos o que é. Descartes: "eu penso logo eu sou - (individualismo(eu)), na força de meu espírito". Individualismo Rousseau?! No final do Émile: "se eu ensino tiro o aluno da brutalidade para a autonomia". O contrato social pressupõe indivíduos autônomos. Valor trabalho - eu sou racional pelo trabalho (Marx). Weber - o racional e o valor retira a imaginação do homem (espírito protestante). Daí vem o utilitarismo (se une ao individualismo). Saímos do pass

A Propósito da Obra de Arte de Inteligência Artificial e Sua Destruição

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Saiu há poucos dias uma notícia bastante interessante sobre um quadro feito por um algoritmo de inteligência artificial (IA), isto é, um computador, que teve acesso a um banco de dados de mais de 15.000 quadros que foram pintados a partir de 1850, e foi programado por um engenheiro do Google para pintar quadros com autonomia, quer dizer, "criar" obras de arte. Um deles é este ao lado. Curiosamente a IA assinou o quadro com uma fórmula matemática ( https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/tecnologia/2018/10/27/quadro-feito-por-inteligencia-artificial-e-vendido-por-r-16-milhao-em-ny.htm ). Acrescente-se que o quadro foi vendido por 1,6 milhão de reais em NY. Uma IA é "orientada" por uma instrução (algoritmo criado pelo engenheiro de software) a criar algo a partir de um grandioso banco de dados ( BIG DATA ), que contém informações genéricas e especializadas sobre determinado assunto ou objeto. Estas informações são compostas pelas ciências, tecnologias,

A Identidade Complexa e a Vida Secreta de Frida Kahlo

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O status cultuado e icônico de Frida Kahlo se deve muito a seus autorretratos, em que capturou e interpretou sua própria identidade visual. “ Eu pinto autorretratos porque fico sozinha com muita frequência, porque sou a pessoa que conheço melhor “, disse a artista mexicana  Frida Kahlo . O status cultuado e icônico de Frida se deve muito a seus autorretratos, em que capturou e interpretou sua própria identidade visual. O tema levanta uma questão em uma nova exposição: a imagem pessoal e única de Kahlo era tão central para seu mito e persona como parte de sua obra? E o que seus objetos e estilo pessoal dizem sobre sua vida e sua arte? Durante 50 anos, roupas e outros itens pessoais de Frida ficaram trancados na Casa Azul, onde a artista morava com o marido muralista  Diego Rivera , em  Coyoacán , perto da  Cidade do México . Após a morte da mulher, em 1954, Rivera trancou 6 mil fotos, 300 itens pessoais e 12 mil documentos no banheiro da casa. Quando os artigos foram fi

Livro Ética no Direito