Postagens

LIVRO HISTÓRIA do DIREITO - Antiguidade (Oriente, Grécia, Roma, Ibéricos)

Imagem
SUMÁRIO / VEJA O LIVRO AQUI / Esta obra deve ser lida levando-se em conta que ela tem por objeto uma tríade: estuda a História (1) do Direito (2) no Ocidente (3). Em conjunto, propõe-se a construir em primeiro plano uma “unidade do diverso” não só porque abrange uma miríade de civilizações e períodos históricos, mas porque por meio de histórias sociais, políticas e jurídicas próprias se traça aquilo que se ousa chamar de Direito Ocidental , com base em uma tradição ou linhagem Judaico-Cristã que começa há milênios no Oriente Próximo e desemboca na jusfilosofia Eurocentrista em meados do século XIX. Contém ainda quadros sinóticos representando as principais características e institutos jurídicos de cada civilização. Também consta, ao final de cada capítulo, um resumo sociojurídico de cada período estudado. No final do livro são apresentados o Código de Hamurabi (anotado), o Pentateuco (resumo anotado), a Lei das XII Tábuas , O Imperador Caracala Estende a Cidadania Romana , o Edito...

Se os Tubarões Fossem Homens

Imagem
YOUTUBE  👈👀 Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis; se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos. Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de u...

Carlos Cossio: Egologia e Constituição - a luta que nós travamos*

Imagem
YOUTUBE  👈👀 Do livro "Fundamentos de Filosofia do Direito: o jurídico e o político da Antiguidade a nossos dias" (7a. edição) - Capítulo 20: Carlos Cossio, remodelando o normativismo./ *Publica-se conforme 21/10/2022./ É conhecida a parábola de Carlos Cossio sobre o valor positivista de uma Constituição. Em tempos em que a nossa parece destruída à mercê dos mesquinhos interesses do poder, vale perguntar de onde vem a "força da lei", indagação de Jacques Derrida, e há muito perseguida pela Filosofia do Direito. A parábola de Cossio "dirigida" em debate presencial ao mestre Hans Kelsen, foi: "Por quê afinal os franceses durante as Grandes Guerras, quando protegeram escondendo as suas obras de arte mais valiosas, para que os alemães não as destruíssem, não esconderam seu bem maior, no caso, por quê não esconderam a Constituição Francesa?". Kelsen, obviamente percebendo onde Cossio queria chegar manteve-se em silêncio. Disse Cossio: "Porque pa...

Mudar o Mundo Sem Tomar o Poder - Comunicação USP (FFLCH) - 24/09

Imagem
A pesquisa de pós-doutoramento é evolução de um braço fundamental da tese de doutorado, que pode ser verificada no livro “O Direito ao Ócio: os desafios ao trabalho e a nova cultura” (edições 70, 2021). Nos estudos de 4 anos atrás eu reconhecia a fragilidade dos mecanismos da luta dos trabalhadores, enaltecia as lutas de grupos de representatividade, inseridos nas lutas populares maiores, e refletia sobre a importância das atividades culturais e artísticas como forma de luta contra a reificação (alienação) capitalista. Essas ideias ainda orientam minha pesquisa atual, mas com maior ênfase ao autonomismo no fluxo de fazeres cotidianos anticapitalistas – a influência é das obras de John Holloway que passei a pesquisar. É isso que me proponho a apresentar. Encontro-me no meio da pesquisa atual: a mesma versa sobre a revolução radical do poder-fazer em John Holloway, a partir da ideia que devemos dar atenção para nossas atividades e comportamentos cotidianos , repito cotidianos , aqui e...

Max Horkheimer: Eclipse da razão; Considerações ao capítulo IV – Ascensão e declínio do indivíduo

Imagem
  [Imagem: www.onthisday.com]      1 “ Eclipse da Razão ” foi publicada por Max Horkheimer em 1947, com base nas conferências proferidas na Universidade de Columbia (Nova York) em 1944 (Dep. Filosofia). O prefácio data de março de 1946, um ano depois da rendição alemã, que se dera em março de 1945. A obra não pode ser desvinculada da experiência do autor: a saída da Alemanha em 1933 e a chegada aos EUA em 1934; e depois a II Guerra Mundial e o Holocausto, mas também o que resultou o ideário das revoluções socialistas, tanto da Revolução Russa como a opção dos trabalhadores pelo Fascismo e Nazismo, e a chamada “ indústria cultural ”. Nesta obra o autor debruça-se criticamente sobre “os pressupostos da racionalidade ocidental”.  Eclipse da razão  tem suas bases em dois escritos anteriores: "Estado autoritário" (1942) e "O fim da razão" (1941, em inglês), republicado com o título "Razão e autoconservação" (1942, em alemão, com alguns acréscimos). N...

A Resposta: uma revolução está em curso?

Imagem
  [Imagem galizalivre.com]         Em 2010 [1] , John Holloway publicou a 3ª. edição de “Mudar o mundo sem tomar o poder”, acrescentando nessa edição um “Epílogo” onde de forma bastante clara responde aos questionamentos quanto à principal crítica sobre a proposta da obra, de como fazer a superação do capitalismo sem a luta pelo poder, sem tomar o Estado. Com toda certeza a presunção, principalmente entre as correntes ortodoxas leninistas, é que as elites dominantes e a classe burguesa nunca estariam dispostas a abdicar do seu poder político e hegemonia cultural em benefício dos trabalhadores e da humanidade. E isto é inquestionável. Em nenhum momento John Holloway e as teses desenvolvidas neste trabalho aludem o contrário. Mas duas coisas devem ser levadas em consideração: que a dominação de uma classe sobre outra é, para ficar-se nos termos da própria ortodoxia, também uma possibilidade que estende suas raízes a  condições objetivas dos mod...

Paul Lafargue, trabalho e ócio

Imagem
  YOUTUBE  👈👀 VEJA TAMBÉM EM A TERRA É REDONDA /       Este artigo reconstitui o Prólogo do livro "O Direito ao Ócio: os desafios ao trabalho e a nova cultura" / Em 1880, Paul Lafargue, publicou no semanário  L’Egalité , o seu  Direito à preguiça . Na prisão, em 1883, Paul Lafargue escreveu suas notas ao texto original, com o mesmo brilhantismo e antecipação dos males do trabalho que, ao contrário do que se supõe, proporciona aos produtores diretos e a toda a sociedade. Paul Lafargue explica por que o trabalho (industrial, assalariado) escraviza e empobrece continuamente os trabalhadores e reduz os homens de forma geral à condição de servos e lhes enfraquece o espírito. Tanto no final do século XIX, como hoje, no século XXI, portanto 142 anos depois do texto de Paul Lafargue, a idiotice da defesa do trabalho como categoria genérica só fez embrutecer mais e mais a humanidade, para não falar dos flagelos e da tirania provocados aos trabalhadores. ...

O "GRITO" - John Holloway e a materialidade radical do poder-fazer

Imagem
O “GRITO”: John Holloway e a materialidade radical do poder-fazer/  Por:  José Manuel de Sacadura Rocha [1] *   A luta pela afirmação de um pensamento, mostra também que a construção teórica de uma doutrina é também a reflexão histórica sobre um momento. (Teixeira, 1996, p. 35)*   Resumo : Este artigo aborda o pensamento de John Holloway quanto à potencialidade de transformação social a partir de opções de poder-fazer que se constituem como fissuras no modo de produção capitalista. Explora possibilidades teóricas a partir do pensamento de Karl Marx que elevem esse poder-fazer cotidiano ao patamar de luta persistente contra a negação da vida nos conformes da reprodução do capital. A práxis de que trata a dialética materialista dá ao pensamento contemporâneo de John Holloway a substância da materialidade radical desse poder-fazer disruptivo, em favor do processo de superação permanente do capitalismo. O “Grito” é o início e, ao mesmo tempo, a própria fissu...

LIVRO SOCIOLOGIA JURÍDICA - 7a. Edição (Adotado)

Imagem
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA (Comte, Durkheim, Marx, Weber) SOCIOLOGIA JURÍDICA (Gurvitch, Bruhl, Luhmann,Wolkmer) SOCIOLOGIA CRÍTICA (Escola de Frankfurt, Foucault, Althusser, Arendt, Agamben, Bauman) SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA (Hirsch, Harvey, Aglietta, Negri, Holloway, Kurz, Jappe) Dogmática, Zetética, Classicismo, Modernidade, Contemporâneo, Novo Marxismo LIVROS EDITORA GEN/FORENSE E - BOOK SIGA-ME

Estado e Revolução em Anselm Jappe e John Holloway

Imagem
  PUBLICADO EM NSTITUTO HUMANITAS UNISINOS - 17/03/2025 / "As possibilidades de revolucionar o  capitalismo  a 'partir de fora', quer dizer, a partir de 'homens conscientes', de  consciência de classe , de organização da  classe trabalhadora  ou mesmo dos desempregados e as massas de indivíduos excluídos e marginalizados, não é suficiente para a superação do modo de produção capitalista mesmo diante de suas grandes contradições e resultados destrutivos que promovem ciclicamente crises", escreve  José Manuel de Sacadura Rocha , doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor do NEJ – Núcleo de Ética.  Eis o artigo.  No cenário de lutas existe contemporaneamente um conjunto de visões críticas que envolvem diretamente os escritos e o pensamento dos  marxismos ocidentai s[1], que chamamos de  Novos Marxismos . Um ponto em comum destas correntes é a crítica à centralidade do traba...

Antropologia + Antropologia Jurídica