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Mostrando postagens com o rótulo capitalismo

Paul Lafargue, trabalho e ócio

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  VEJA TAMBÉM EM "A TERRA É REDONDA"         Este artigo reconstitui o Prólogo do livro "O Direito ao Ócio: os desafios ao trabalho e a nova cultura" Em 1880, Paul Lafargue, publicou no semanário  L’Egalité , o seu  Direito à preguiça . Na prisão, em 1883, Paul Lafargue escreveu suas notas ao texto original, com o mesmo brilhantismo e antecipação dos males do trabalho que, ao contrário do que se supõe, proporciona aos produtores diretos e a toda a sociedade. Paul Lafargue explica por que o trabalho (industrial, assalariado) escraviza e empobrece continuamente os trabalhadores e reduz os homens de forma geral à condição de servos e lhes enfraquece o espírito. Tanto no final do século XIX, como hoje, no século XXI, portanto 142 anos depois do texto de Paul Lafargue, a idiotice da defesa do trabalho como categoria genérica só fez embrutecer mais e mais a humanidade, para não falar dos flagelos e da tirania provocados aos trabalhadores. De fato, sem precis...

O "GRITO" - John Holloway e a materialidade radical do poder-fazer

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O “GRITO”: John Holloway e a materialidade radical do poder-fazer   José Manuel de Sacadura Rocha [1]   A luta pela afirmação de um pensamento, mostra também que a construção teórica de uma doutrina é também a reflexão histórica sobre um momento. (Teixeira, 1996, p. 35)   Resumo : Este artigo aborda o pensamento de John Holloway quanto à potencialidade de transformação social a partir de opções de poder-fazer que se constituem como fissuras no modo de produção capitalista. Explora possibilidades teóricas a partir do pensamento de Karl Marx que elevem esse poder-fazer cotidiano ao patamar de luta persistente contra a negação da vida nos conformes da reprodução do capital. A práxis de que trata a dialética materialista dá ao pensamento contemporâneo de John Holloway a substância da materialidade radical desse poder-fazer disruptivo, em favor do processo de superação permanente do capitalismo. O “Grito” é o início e, ao mesmo tempo, a própria fissura capaz de mu...

Capitalismo ecológico, ecossocialismo e desenvolvimento

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  Imagem: Lisa Fotios VEIA TAMBÉM EM "A TERRA É REDONDA" Por  JOSÉ MANUEL DE SACADURA ROCHA  &  ENEIDA GASPARINI CABRERA* Na materialidade histórica da subjetividade presente, sob a lógica da acumulação infinita do sistema de produção capitalista, o colapso ambiental foi desvelado “Nós não queremos salvar o Capitalismo, mas nos salvar dele” (Zapatismo). 1. Desde o século XIX, diversos pesquisadores e cientistas do clima [i]  já apontavam em seus estudos que a temperatura do planeta era regulada, entre outros fatores, pela concentração dos gases de efeito estufa (gás carbônico, metano, óxido nitroso, água, entre outros elementos). Esse efeito estufa natural é um processo causado, especialmente, pelos gases citados, que ocorre naturalmente na atmosfera terrestre, sendo fundamental ao equilíbrio do Planeta, já que sua função chave é manter as temperaturas atmosféricas, marítimas e sobre a superfície terrestre compatíveis com a vida dos humanos e não-humanos que...

Coreografias do impossível: O existencialismo no "epílogo" posterior de "Mudar o mundo de John Holloway".

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  "Essa vida sofrível possui um agente, o capital, e uma forma, a agência do desespero reprimido na base do constrangimento compulsório sobre nossos desejos de bem viver com dignidade, que resulta em uma miríade de recalques; mais tarde ou mais cedo, nunca de forma amena, eles se converterão em uma péssima felicidade, que conhecemos como  fetichização das mercadorias ", escreve  José Manuel de Sacadura Rocha , doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor do NEJ - Núcleo de Ética.  Eis o artigo.  Em 2010, na 3ª edição do livro  Mudar o mundo sem tomar o poder ,  John Holloway  escreveu um epílogo, com o subtítulo “ Moving Against-and-Beyond – Reflections on a Discussion ”[1] (Movendo-se contra e além – reflexões sobre uma discussão). Nele o autor procura responder, afinal, depois de perguntas e críticas que surgiram nos últimos dois anos: “Tudo bem, mas o que diabos fazemos? De todas as p...

Ativos reais e tempo disponível: as novas configurações da composição orgânica do capital

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VEJA TAMBÉM EM A TERRA É REDONDA O movimento maior do capital é em direção à acumulação, isto o move. O regime do capital é apreensível por seu desenvolvimento no todo, mas sua compreensão científica exige que se reconstituía as conexões internas entre o que se aproxima do concreto e as categorias que só em sua forma abstrata podem articulá-las. Assim, as formas elementares do concreto articuladas com as categorias abstratas revelam como e por que o modo de produção capitalista é o que é e não pode deixar de o ser e de o fazer. A radicalidade do movimento do regime do capital exige aprofundar os estudos e as perspectivas em relação a essa radicalidade do presente histórico, afinal já em muito antecipado no pensamento dos fundadores da dialética materialista histórica. Não se trata obviamente de alijar o espectro das ações humanas motivadas contra a desumanidade e negação da vida, mas as reforçar, por seus agentes, diante e além das necessidades e possibilidades concretas de sua dinâmi...

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