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Tecnologia de Informação Verde

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Recentemente* fui convidado a falar sobre Sustentabilidade Empresarial para uma das grandes empresas de TV a cabo de São Paulo. Sustentabilidade está na moda e faz sucesso entre empresários, governo, gestores, intelectuais e parece fazer sentido para os jovens profissionais de nossas empresas. Há cerca de vinte anos eu introduzi em meus cursos a discussão sobre mudança de paradigmas e sempre que posso falo de Thomas Kuhn e sua preciosa obra escrita em 1962 – A Estrutura das Revoluções Científicas (Editora Perspectiva). Essa obra tem me preparado melhor para a descoberta de fatos novos e a importância de antecipar as transformações radicais que nos últimos cinqüenta anos nos levaram para os desafios que agora experimentamos. Considerei desde então três grandes revoluções que fundamentariam a nossa vida no limiar do século XXI: 1. A Revolução no Trabalho, que comumente chamamos de Toyotismo; 2. O Fim dos Empregos, que a meu ver não é exatamente o pior dos males para a sociedade humana;

Ensaio Sobre o Homem Coletivo

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  Desejo no Socialismo e a sublimação consumista             Dixi et salvari animan meam   Não há dúvidas que paira sobre o Socialismo a incerteza se o desejo que foi autorizado e subsumido pelas mercadorias, no contexto da hiperprodução das sociedades mercantis, se alterará substancialmente, ou, ao contrário, permanecerá nos moldes de nosso narcisismo atual. Parte da confusão que paira sobre esta dúvida deve-se ao fato que na maioria das vezes as análises partem do sistema do capital tal como o conhecemos até agora. Tal como é hoje, a vida social aparece fundamentalmente destituída da ação de seus agentes que se consomem no desempenho reprodutivo do regime de acumulação, privada, como valor-dinheiro-capital. A relação social e o dom são atravessados biopoliticamente (no sentido usado por Foucault) pela produtividade, pelo consumo e pelo desejo de massa. Assim, a vida é tomada pelos fetiches e reificação dos objetos e das coisas em geral, dos saberes e dos sentidos, tanto

A Gargalhada: O Expressionismo Alemão e o Bolsonarismo

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O Gabinete do Dr. Caligari (1920). Entre 1919 e 1924, no período logo após a 1ª. Guerra Mundial, surgiu na Alemanha um movimento estético chamado de Expressionismo Alemão. O primeiro filme que iniciou o movimento chama-se "O Gabinete do Dr. Caligari". Sua história é a seguinte: dois soldados alemães no final da guerra estão hospitalizados devido a seus ferimentos e descobrem que têm as mesmas ideias sobre as guerras. Após a guerra ambos decidem escrever o roteiro de um filme sobre o tema, mas de forma metafórica. O roteiro original foi escrito por Hans Janowitz e Carl Mayer, e foi dirigido em 1920 por Robert Wiene. A este último se deve em grande parte os efeitos que o filme teve sobre o povo alemão na época e, afinal, efeito que perdura até nossos dias, não como fatalidade, mas como "farsa". Aconteceu que os dois roteiristas venderem o roteiro e os produtores da época convidaram Fritz Lang (do filme "Metrópolis") para o dirigir. Este por sua vez, alegando

MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER

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 MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER* José Manuel de Sacadura Rocha RESUMO Agnes Heller, a filósofa húngara que sofre a perseguição do governo socialista sob a dominação do totalitarismo stalinista no leste europeu do pós 2a. Grande Guerra, talvez seja o expoente mais respeitável e importante no pensamento contemporâneo quando se trata de filosofia da moral. A partir de leituras reveladoras de Rousseau, Kant e Hegel, Kierkegaard ou mesmo Foucault e Rawls, entre outros, a autora cria o “conceito ético-social de justiça”, que remete o saber sobre moral e ética ao dever de opção irrefutável por uma forma de vida ética, “vida boa” e honesta, ao mesmo tempo a necessidade de lutar por “máximas morais universais” sem deixar que normas morais, contudo, possam aniquilar as decisões soberanas dos indivíduos. Palavras-chave: Moral e Ética. Justiça Ético-Social. Ética da Personalidade. *Publicado originalmente na Revista do Instituto dos Advogados de São Paulo, n.1

APROXIMAÇÕES LIBERTÁRIAS PARA UMA DESOBEDIÊNCIA ÉTICO JURÍDICA DA PERSONALIDADE: O EU, O ESPELHO E O ESTADO

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  Profanações (ISSN – 2358-6125) Ano 2, n. 1, p. 152-172, jan./jun. 2015. APROXIMAÇÕES LIBERTÁRIAS PARA UMA DESOBEDIÊNCIA ÉTICO JURÍDICA DA PERSONALIDADE: O EU, O ESPELHO E O ESTADO José Manuel de Sacadura Rocha1 “Obras de arte são ascéticas e sem vergonha; indústria cultural é pornográfica e pudica". Theodor Adorno “Naquilo com que um espírito se satisfaz, mede-se a grandeza de sua perda”. Friedrich Hegel RESUMO: Trata-se de considerar a desconstrução do sujeito para uma redefinição ético-jurídica da personalidade. Com base em considerações libertárias, o estudo discute as formas de violência institucionalizadas sobre o indivíduo e o esvaziamento da noção de liberdade em vistas da razão de Estado. Propõe uma condição ética anárquica para a reconstrução de um sujeito único cuja opção pela convivência seja a decência desobediente. Palavras-chave: Anarquismo e Ética. Liberdade e Individualidade. Desobediência e Decência. Direito Subjetivo. ARTIGO COMPLETO

Educação e Modernidade: Revisitando a Paideía grega

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  Educação e Modernidade: revisitando a Paideía grega José Manuel de Sacadura Rocha O progresso científico é um fragmento, o mais importante indubitavelmente, do processo de intelectualização a que estamos submetidos desde milênios e relativamente ao qual algumas pessoas adotam, em nossos dias, posição estranhamente negativa. (Max Weber) Mas de tempos em tempos alguns poucos (muitas vezes no leito derradeiro) abrem os olhos e pregam ao mundo, como que um Auto de Fé: “Eduquem as crianças!”. Aí está!, a tábua de salvação parece desde sempre ser a Educação. Poucos também negariam isto - quando algo é unanimidade corre-se o perigo de se tornar uma “tábua rasa”, muitas vezes, especialmente útil às orientações oficiais. Não quer dizer que não exista esperança na Educação de crianças, jovens e principalmente adultos - são estes que mandam, são estes que “educam”. A questão é saber o que é educar? Para quê educar? Como o fazer? Palavras-chave: Educação, Pedagogia Social, Educação Grega, Grécia

Filosofia e Direito - Videos

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Filosofia o Que É? Qual a importância da Filosofia Hoje? Filosofia do Direito. O Direito e a sua Filosofia. https://www.editorajuspodivm.com.br/disciplina?busca=sacadura

Sociologia e Direito - Vídeos

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Sociologia e sua Importância.  A Sociologia de Emile Durkheim. A Sociologia de Max Weber. A Sociologia de Karl Marx. 

RACING EXTINCTION - Ecossocialismo e o Esmagamento da Dimensão Humana

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  "Essas obras gigantescas, que parecem brotar da natureza, agem materialmente sobre o espírito, que se sente esmagado por sua massa e a noção de esmagamento é o começo da veneração."(Marx:  Sobre a Liberdade de Imprensa , 1842). Tudo o que o homem faz pode ser extremo, e sua fatalidade cresce proporcionalmente ao grau de grandeza e extremismo. Tudo pode ser fatal, e é verdade que o homem venera a fatalidade, porque, dominado pelo dinheiro que tudo compra, acha-se superior e acredita poder fugir de sua insanidade, não percebendo que onde ele for sua cabeça, e seu bolso!, irão, até o dia que não puder comer mais dinheiro. "A pusilanimidade e a incompreensão, uma lastimosa mediocridade pequeno-burguesa, banal e insípida, aí estão a Musa desta lira, que se esforçam, em vão, por parecer terríveis e são, afinal, ridículas." (Engels:  O Socialismo Alemão em Verso e em Prosa , 1847). A incompreensão como o conhecimento são produtos da história, tanto quanto são, uma e out

Frederic Jameson: NBA, Jacob Blake e a Cultura do Dinheiro

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Por quê os jogadores da NBA voltarão a jogar após os protestos contra a agressão a Jacob Blake? Estou lendo um autor especial - Frederic Jameson, A Cultura do Dinheiro. No capítulo "Fim da arte" ou "Fim da história", o autor indaga se Hegel tinha razão sobre a afirmação do fim da arte, e se Fukuyama e Kojève o mesmo sobre o fim da história. No caso de Hegel, a superação humana do belo figurativo clássico - como expressão do espírito rumo ao "espírito absoluto", coletivo, expressão da totalidade - se dá na filosofia iluminista que Hegel acreditou ser a Modernidade (na política e no direito esse absoluto se encontra na filosofia do Estado/ Sociedade Civil). No caso de Kojève, um ex-stalinista e um dos formuladores da UE, assim como Fukuyama, o fim da história se dá após o "fim" da guerra fria com a prevalência do sistema capitalista de forma hegemônica na globalização dos mercados e nas políticas neoliberais dos governos. Segund

Filosofia do Direito