Ensaio Sobre o Homem Coletivo

 

Desejo no Socialismo e a sublimação consumista

            Dixi et salvari animan meam

 

Não há dúvidas que paira sobre o Socialismo a incerteza se o desejo que foi autorizado e subsumido pelas mercadorias, no contexto da hiperprodução das sociedades mercantis, se alterará substancialmente, ou, ao contrário, permanecerá nos moldes de nosso narcisismo atual.

Parte da confusão que paira sobre esta dúvida deve-se ao fato que na maioria das vezes as análises partem do sistema do capital tal como o conhecemos até agora. Tal como é hoje, a vida social aparece fundamentalmente destituída da ação de seus agentes que se consomem no desempenho reprodutivo do regime de acumulação, privada, como valor-dinheiro-capital. A relação social e o dom são atravessados biopoliticamente (no sentido usado por Foucault) pela produtividade, pelo consumo e pelo desejo de massa. Assim, a vida é tomada pelos fetiches e reificação dos objetos e das coisas em geral, dos saberes e dos sentidos, tanto quanto mais o modo de produção de mercadorias “elastece” o bem estar social para poucos, a prosperidade para alguns, e realiza religiosamente a salvação para as massas. A vida em sociedade povoada por relações humanas desaparece hoje mais do que nunca, como que em “um passe de mágica”: mas, neste caso, a mágica se dá efetivamente quando por um acaso o Outro nos parece tão insubstituível, o que nos provoca uma poderosa frustação. Preferem-se as identificações outras que não as humanas.

 

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