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Mostrando postagens que correspondem à pesquisa por Foucault

Dicas Para Estudar Filosofia Para Exame da OAB

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1. A OAB não lista o conteúdo obrigatório de estudo, e como as faculdades em geral abordam esse conteúdo no início do curso, é preciso reservar um tempo para se dedicar ao estudo da Filosofia; não vai bastar dar uma olhada rápida apenas nos livros. Aproveite os cadernos e os textos que usou no início do curso em Filosofia, Sociologia e Hermenêutica. Alguns autores podem ter sido estudados em Sociologia ou Política (Max Weber, Karl Marx, Nicolau Maquiavel, Contratualistas). Dedique pelo menos 15% do tempo geral de estudo para a Filosofia e a Hermenêutica. Obs: não estou aqui a falar sobre o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e Direitos Humanos. 2. Aquilo que tem caído nos últimos exames da OAB tem um peso significativo em “interpretação”, pois muitas das respostas estão no próprio enunciado, e parece haver certa tendência à hermenêutica, e não apenas ao conhecimento do conteúdo específico de um determinado autor. Po

Heidegger e "A Que Horas Ela Volta?"*

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Depois de “Central do Brasil”, este é um dos melhores filmes que se fez em nosso País: oportuno e sensível!   Eu não assisto muito mais filmes “realistas”, menos ainda esses que sobem aos morros e mostram toda a miséria e violência humana. não porque eu acho que eles são inverídicos ou sensacionalistas (embora muitos o sejam, preocupados mais em bilheteria que outra coisa!). mas simplesmente porque vou ao cinema (e eu vou muito!) para me “sensibilizar”! não vou ao cinema para ter um “choque de realidade”. o dia a dia é suficiente para saber o que é a barbárie da “realidade”. por outro lado, o cinema não é apenas uma diversão, mas uma “arte” capaz de nos transportar para o sonho: talvez apenas ali, no sonho, exista afinal a “realidade” com menos barbárie.   “A Que Horas Ela Volta?” é uma arte! Ana Muylaert, a roteirista e diretora, sabia o que queria, e sem querer ser retórico, citaria Edgar Allan Poe: “Nada é mais evidente que o fato de que todo argumento merecedor deste no

MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER

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 MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER* José Manuel de Sacadura Rocha RESUMO Agnes Heller, a filósofa húngara que sofre a perseguição do governo socialista sob a dominação do totalitarismo stalinista no leste europeu do pós 2a. Grande Guerra, talvez seja o expoente mais respeitável e importante no pensamento contemporâneo quando se trata de filosofia da moral. A partir de leituras reveladoras de Rousseau, Kant e Hegel, Kierkegaard ou mesmo Foucault e Rawls, entre outros, a autora cria o “conceito ético-social de justiça”, que remete o saber sobre moral e ética ao dever de opção irrefutável por uma forma de vida ética, “vida boa” e honesta, ao mesmo tempo a necessidade de lutar por “máximas morais universais” sem deixar que normas morais, contudo, possam aniquilar as decisões soberanas dos indivíduos. Palavras-chave: Moral e Ética. Justiça Ético-Social. Ética da Personalidade. *Publicado originalmente na Revista do Instituto dos Advogados de São Paulo, n.1

Ensaio Sobre o Homem Coletivo

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  Desejo no Socialismo e a sublimação consumista             Dixi et salvari animan meam   Não há dúvidas que paira sobre o Socialismo a incerteza se o desejo que foi autorizado e subsumido pelas mercadorias, no contexto da hiperprodução das sociedades mercantis, se alterará substancialmente, ou, ao contrário, permanecerá nos moldes de nosso narcisismo atual. Parte da confusão que paira sobre esta dúvida deve-se ao fato que na maioria das vezes as análises partem do sistema do capital tal como o conhecemos até agora. Tal como é hoje, a vida social aparece fundamentalmente destituída da ação de seus agentes que se consomem no desempenho reprodutivo do regime de acumulação, privada, como valor-dinheiro-capital. A relação social e o dom são atravessados biopoliticamente (no sentido usado por Foucault) pela produtividade, pelo consumo e pelo desejo de massa. Assim, a vida é tomada pelos fetiches e reificação dos objetos e das coisas em geral, dos saberes e dos sentidos, tanto

Quando o Poder Entra em Cena

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Olá. Em breve, como sabem, estaremos ministrando os cursos de férias.    Olhem as imagens ao lado. O que têm de semelhante?!   Em alguns casos a semelhança é quase física.   O que têm de semelhante é a expressão do PODER. O poder tem uma força misteriosa: tende a se expressar quase uniformemente em todos os tempos e lugares. Mais, é fácil de penetrar nos espíritos humanos. Na verdade, só a humanidade (ou desumanidade?!), conhece o poder, cria-o, alimenta-o e o usa como aquele animal doméstico que entra em nossas casas e torna-se parte da família, mais querido até que alguns familiares. Não estou desdenhando dos nossos bichanos de estimação, pelo contrário, estou dizendo que eles não conhecem o poder; nós que o alimentamos, e por isso, o usamos mais amiúde contra os outros do que contra os animais de estimação. Claro, há 'animais' que tratam 'tão bem' os bichos como seus familiares! "O que é exatamente “poder” na sociedade humana, qual sua origem

Trabalho e Saúde Mental no Neoliberalismo

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Desenvolvi minha explanação em três pontos que considero fundamentais: 1. O trabalho não era o que entendemos hoje por tal e com as virtudes que acreditamos o mesmo possuir - existe uma história do trabalho.  Nas grandes civilizações o trabalho era nitidamente diferenciado do não trabalho ou ociosidade. Acho que ainda o é! Desde as mais remotas sociedades esta divisão conferia status e poder aos ociosos que podiam se dedicar às atividades místicas e planejar a sobrevivência material na natureza; e em alguns casos também as atividades ligadas à guerra - nas sociedades primevas os conflitos armados são atividades políticas.   Na antiguidade, como na Grécia, o trabalho nobre ou superior era dedicado à filosofia, política, justiça, às artes e aos jogos (jogos físicos e intelectuais como a poesia e a representação teatral). Os trabalhos menos nobres eram os dedicados à economia - trabalho na terra e no lar efetuado por estrangeiros, escravos e em alguns casos atribu

LIVRO SOCIOLOGIA JURÍDICA (7a. ED. ADOTADA)

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ADOTADO: CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA (Comte, Durkheim, Marx, Weber) SOCIOLOGIA JURÍDICA (Gurvitch, Bruhl, Luhmann,Wolkmer) SOCIOLOGIA MODERNA (Escola de Frankfurt, Foucault, Althusser, Arendt, Agamben, Bauman) SOCIOLOGIA CRÍTICA (Hirsch, Harvey, Aglietta, Negri, Holloway, Kurz, Jappe) Dogmática, Zetética, Classicismo, Modernidade, Contemporâneo, Novo Marxismo

Pós-Modernidade: a luta por reconhecimento e distributividade

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  (Leia também em Lavrapalavra) Por mais que não queiramos o aceitar, o fato é que a construção do Ser é cultural e histórica, coletiva, assim como a própria identidade. Uma identidade é permeada culturalmente pelo conjunto de orientações e práticas de uma coletividade, e o Self só muito dificilmente se manifesta como recusa desse domínio e só em condições favoráveis [1] . Uma identidade é constituída pelas formas culturais derivadas do modo específico da produção, quando e na medida em que foi possível se distanciar da segmentação individualista do capital. É fato que condições favoráveis na pós-Modernidade encontraram maiores possibilidades de serem perseguidas pelos movimentos multiculturais. Mas mesmo que o individualismo desses movimentos tenha aparecido como estranhamento , o seu reconhecimento - como ponto de inflexão nas estruturas das sociedades mercantis modernas e globalizadas - modifica pouco, na prática, a dominação cultural, em sua forma jurídica, política e educ

Filosofia do Direito