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Trabalho e Saúde Mental no Neoliberalismo

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Desenvolvi minha explanação em três pontos que considero fundamentais: 1. O trabalho não era o que entendemos hoje por tal e com as virtudes que acreditamos o mesmo possuir - existe uma história do trabalho.  Nas grandes civilizações o trabalho era nitidamente diferenciado do não trabalho ou ociosidade. Acho que ainda o é! Desde as mais remotas sociedades esta divisão conferia status e poder aos ociosos que podiam se dedicar às atividades místicas e planejar a sobrevivência material na natureza; e em alguns casos também as atividades ligadas à guerra - nas sociedades primevas os conflitos armados são atividades políticas.   Na antiguidade, como na Grécia, o trabalho nobre ou superior era dedicado à filosofia, política, justiça, às artes e aos jogos (jogos físicos e intelectuais como a poesia e a representação teatral). Os trabalhos menos nobres eram os dedicados à economia - trabalho na terra e no lar efetuado por estrangeiros, escravos e em alguns casos atribu

A Resiliência Perversa do Capital em Tempos de Pandemia

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É triste quando vemos que não conseguimos ainda fazer um processo de formação política, consciência crítica do quadro social e que ainda estamos pautados pelo senso comum. Os direitos trabalhistas já acabaram e boa parte dos trabalhadores está batendo palma para esta morte anunciada, de si próprios. Não é possível refletirmos sobre o nosso mundo hoje se nós não entendermos o que acontece mundialmente com a sociedade em que vivemos, que é a sociedade capitalista. Cada vez mais fica explícito que o problema é o capitalismo e no entanto, a análise social, a análise das pessoas ou o que tange a essa visão de mundo tem sido a mais perdida e afastada desse que é o problema central. Vivemos o "problema do capitalismo" e infelizmente para a massa trabalhadora não é tão inteligível que a questão é estrutural. As pessoas sabem o que é emprego, desemprego, fim do 13º, fim da justiça do trabalho etc. Não sabem dizer no entanto se o capitalismo vai bem ou vai mal.

Precarização do Trabalho Parte 3: Ócio estético valioso (LEIA TAMBÉM EM FORENSE/GEN)

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A produção material, onde se insere todo o trabalho econômico, em todas as épocas, entra em processo de transformação inevitável quando as forças produtivas, como as máquinas, os autômatos e as ciências da natureza e de comunicação, exigem em sua produtividade novas relações entre os fazedores (igualmente entre si) e os gestores, entre eles e os donos do capital. Estas novas relações e dinâmicas entre trabalhadores, planejadores e possuidores acabam por exigir às demais formas culturais e ideológicas outros arranjos e tomadas de poder de comando disputadas como novos espaços a serem tomados nos circuitos do movimento social total. As análises derivacionistas [1] parecem insuficientes por vezes, se quedam tendencialmente diante do que julgam ser a impossibilidade de transformação dos sistemas de livre mercado, tanto do ponto de vista da dialética social como do ponto de vista da dinâmica da economia, em si mesma submetida às leis de mercado, que revolucionam junto todas as dema

Precarização do Trabalho Parte 2: Trabalho emancipado (LEIA TAMBÉM EM FORENSE/GEN)

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Quanto mais o capital se dirige para o desenvolvimento e emprego das maquinarias e ciências naturais aplicadas, bem como as de gestão, mais a superprodução se agiganta, com maior dispensa de trabalho assalariado, trabalho vivo (capital circulante). Daí maior o tempo de trabalho disponível concentrado de volta nas mãos da população excedente de trabalhadores colocados no “não trabalho”, sem que exista mais as mesmas possibilidades de lhes extrair a riqueza social na apropriação do mais valor, a contragosto, claro. Um ou outro ou mesmo um pequeno grupo de investidores produtivos poderiam suspender suas atividades na velocidade e no quantum de produtos a serem entregues ao mercado. Isto implicaria, por um tempo apenas, a diminuição da superprodução e uma retração de reinvestimento em maquinaria e automação etc. Mas o que fazem os concorrentes neste momento, aqueles que estão desejosos de monopolizar o mercado ou o modernizar com novos produtos e serviços? A concorrência os impele

Precarização do Trabalho Parte 1: A lei geral (LEIA TAMBÉM EM FORENSE/GEN)

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O materialismo histórico-filosófico que nos orientou leva-nos a afirmar que no trabalho o homem se “aliena”, e pela ociosidade estética o homem alcança a possibilidade criativa e a autonomia condizentes para a produção da cultura. Não é possível afirmar, ainda, que integralmente, os artistas e agentes culturais  já  tenham à sua disposição o tempo e a autonomia desvinculada das formas tradicionais dos sistemas de produção mercantil. Mas é possível observar que no estádio atual de desenvolvimento técnico-científico das sociedades capitalistas, o tempo de trabalho disponível aumenta sistematicamente, que uma quantidade maior de indivíduos sobrevive economicamente em atividades criativas, culturais e de lazer, que o trabalho econômico deixa de ser porto seguro para a subsistência dos trabalhadores assalariados e que as novas gerações estão se dirigindo cada vez mais constantemente para o trabalho estético, compelidos a isso pelos altos níveis de desemprego para o emprego tradicional.

Tempo de Trabalho Disponível e Pedagogia Social (Congresso Internacional)

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JOSÉ MANUEL DE SACADURA ROCHA TEMPO DE TRABALHO DISPONÍVEL E PEDAGOGIA SOCIAL Resumo Compreender a Pedagogia Social quanto à reprodução social geral, como unidade de ruptura que atinge por força objetiva das leis da reprodução do capital a possibilidade de emancipação criativa e profunda na relação ensino-aprendizado (ADORNO,2012). PROBLEMA: Como a hipérbole técnico-científica aplicada à esfera da produção altera a correlação de forças sociais e o imbricar de vários conteúdos das demais esferas da totalidade social, no caso das realizações socioeducativas menos subordinadas à esfera do fazer material (MORIN,2002) como a Pedagogia Social é o domínio mais importante das novas práticas educacionais? FUNDAMENTAÇÃO: A Pedagogia Social é a Ciência acadêmica que discute a filosofia e as práticas da Educação Social; estabelece os princípios para uma educação transformativa dos cidadãos edo projeto de vida coletiva; cria a teoria filosófica para as práticas de ensino, dos educadores

Filosofia do Direito