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Mostrando postagens com o rótulo socialismo

Ensaio Sobre o Homem Coletivo

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  Desejo no Socialismo e a sublimação consumista             Dixi et salvari animan meam   Não há dúvidas que paira sobre o Socialismo a incerteza se o desejo que foi autorizado e subsumido pelas mercadorias, no contexto da hiperprodução das sociedades mercantis, se alterará substancialmente, ou, ao contrário, permanecerá nos moldes de nosso narcisismo atual. Parte da confusão que paira sobre esta dúvida deve-se ao fato que na maioria das vezes as análises partem do sistema do capital tal como o conhecemos até agora. Tal como é hoje, a vida social aparece fundamentalmente destituída da ação de seus agentes que se consomem no desempenho reprodutivo do regime de acumulação, privada, como valor-dinheiro-capital. A relação social e o dom são atravessados biopoliticamente (no sentido usado por Foucault) pela produtividade, pelo consumo e pelo desejo de massa. Assim, a vida é tomada pelos fetiches e reificação dos objetos e das coisas em geral, dos saberes e dos sentidos, tanto

Era do Canibalismo

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Os tempos que vivemos já denunciam os extertores do capital, a era do canibalismo, como Robert Kurz denominou (Razão Sangrenta). Antes que surja o tempo sem capital ainda haverá grandes conflitos e máximo desenvolvimento técnico científico. Só depois que muitos milhões morrerem nesses conflitos, de fome e doenças, depois de toda barbárie e da riqueza jamais vista proporcionada pelo capital, será possível distribuir de outra forma além do capital, os frutos de todo avanço da humanidade. Guerras em meados deste século, início do socialismo no final deste século.  Mas... pode ser que não saiamos da barbárie que estamos construindo até por volta de 2050. Todas as lutas da humanidade foram por ociosidade. Todo o poder serve para isso. Sempre depois de uma grande contenda mundial (considerando cada época histórica) avançamos misturando riqueza e desigualdade. Desta vez será diferente porque não há mais como distribuir a riqueza sem o fim do trabalho material econômico. O fim do capita

Freud e o Socialismo - Erros Comuns, Conflito e Cultura de Paz

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É conhecida a afirmação de Freud que o “comunismo” [1] não resolveria a questão da violência. Diz Freud: “Os comunistas acreditam haver encontrado o caminho para a redenção do mal. O ser humano é inequivocamente bom, bem-disposto para o próximo, mas a instituição da propriedade privada lhe corrompeu a natureza” ( O Mal-Estar na Civilização . Cia. das Letras, 2011: 58). E segue com a tese que o comunismo acredita que a posse de bens privados de um indivíduo lhe dá poder acima dos demais e o leva a  maltratar o próximo “despossuído que deve se rebelar contra o opressor”. Finalmente, depois de afirmar “que o seu pressuposto (do comunismo) psicológico é uma ilusão insustentável” (ob cit: 59), justificado pelo fato da agressividade humana não ter sido criada pela propriedade e não acabar seja qual for a forma política e social, ou sistema econômico, e ela começar ainda na criança com o abandono da satisfação anal (sua propriedade), chega à conclusão que “Se eliminarmos o direito pessoa

QUE SE VÁ FIDEL!

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A grande questão da política ao longo dos séculos é a luta pela liberdade com justiça. Infelizmente os homens só têm conseguido implantar ora a liberdade ora a justiça. Nosso sistemas liberal é melhor para a garantia da liberdade, mas ruim para conseguir justiça. O regime de Fidel foi durante muito tempo um exemplo de justiça, mas sem liberdade. De qualquer forma o socialismo vai muito além do que Fidel fez em Cuba. A transição para a sociedade comunitária deve destruir as amarras do velho liberalismo sem justiça, para que no final o comunismo possa ser liberdade e justiça juntos. O problema é que no socialismo real, esse de Cuba, China, etc, o socialismo em vez de se destruir, se fortalece como um regime sem liberdade em nome da justiça. E o tiro sai pela culatra: quanto mais as pessoas se sentem justiçadas mais elas querem liberdade! Mas o contrário nem sempre é verdadeiro: as pessoas com mais liberdade nem sempre estão dispostas a lutar por justiça! O primeiro é o problema deles; o

Livro Ética no Direito