Michel Maffesoli - Fazer da Vida uma Obra de arte (Anotações)

Fonte da foto: zelmar.blogspot.com

Uma época é uma metáfora tal como a pós- modernidade.
A cultura "vem com o leite materno", sem percebermos.
A modernidade é uma matriz ou paradigma vitorioso.
No ocidente temos o mito da evolução da civilização que sai da barbárie.
Crise serve para separar a palha do grão como uma "peneira".
O Indivíduo... se separa ... Mas somos tribais.
A "estrela" moderna já morreu... mas tem a sua luz; é algo que está nascendo e não sabemos o que é.
Descartes: "eu penso logo eu sou - (individualismo(eu)), na força de meu espírito".
Individualismo Rousseau?! No final do Émile: "se eu ensino tiro o aluno da brutalidade para a autonomia". O contrato social pressupõe indivíduos autônomos.
Valor trabalho - eu sou racional pelo trabalho (Marx).
Weber - o racional e o valor retira a imaginação do homem (espírito protestante).
Daí vem o utilitarismo (se une ao individualismo).
Saímos do passado da tradição para o futuro querendo uma sociedade perfeita.
Desencantamento... Mas na desagregação dos átomos nasce um outro corpo.
Fomos da autonomia para  heteronomia. Heteronomia é a lei - o outro diz a lei.
Também passar do 1 individual e da persona - para personalidade construída. 
Isso que leva às tribos pós-modernas. Centradas no gosto, grupos de gosto - redes sociais. Uma forma de reencantamento do mundo no gosto, no grupo do mesmo gosto, ou tribo. 
Saio do quantitativo para o qualitativo - qualidade de vida holística.
Nietzsche: "fazer da sua vida uma obra de arte".
Procurar o festivo, o onírico, o lúdico. Resgatar a criatividade que deixamos para trás. 
Uma retomada da arte (eu colocaria junto o solidário).
Volta à esteticização da existência. Corpo e alma. Não o utilitarismo.
O "luxo" para pode ser bom...
As sociedades antigas focavam o passado como forma de preservar as tradições.
A Modernidade correu para o futuro - utopia, civilização.
O presenteísmo de volta... viver o presente.
Na arte, o neoclassicismo e individualismo separa o homem das coisas. 
Voltar ao barroco. Não um único barroco, mas multibarroco, pelos grupos. 
Misturar o arcaico como o primeiro e originário + técnica: internet 60% é discussão política, religiosa, filosófica, erótica. Não é operativa!
Ética da Estética! - uma volta ao junto, ao grupo, na pós-modernidade.
"Lei dos irmãos" - horizontal, não a lei do pai ou do Estado. 
Mas os grupos - um tipo de materialismo espiritual. 
Ver a "metade cheia do copo e não a metade vazia".
Os jovens são solidários e generosos. Isso existe.
Mas tem paradoxos.
Drama não é tragédia: tragédia é aporia. Não precisamos de resposta para tudo. Passar do drama para a tragédia. 
A tragédia tem a morte, mas tb o renascer, o lúdico, o festivo, onde nem tudo precisa ser resolvido. 
A vida como processo e não projeto. A racionalidade não precisa ser drama... Dionísio de volta.
O projeto pós-moderno no jovem não é a somatória de indivíduos como em, Rousseau, mas um ideal comunitário. Eu diria que tinha nos anos 60... então é uma volta. 
O corpo social passa pelo comum, não a soma ou extensão das vontades, mas do consenso e bem comum para a realização. 
Tribos pós-modernas: o outro e o todo e todos o são. A cura do corpo social - Heidegger?!
Isto bate com a ideia de totalidade da tese!! Estamos "juntando" porque não estamos no trabalho mercantil. O jovem não está. 
Ele falou no começo que o "aristocrata" não trabalha - quem trabalha é escravo. A volta ao mundo greco-romano.
Existe uma "evaginação" no pós-moderno, a volta à terra, à natureza.
O mundo está ficando feminino - na verdade a tribo global mais horizontal é... laertização?!

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