A Resposta: uma revolução está em curso?

 

[imagem galizalivre.com]

       Em 2010[1], John Holloway publicou a 3ª. edição de “Mudar o mundo sem tomar o poder”, acrescentando nessa edição um “Epílogo” onde de forma bastante clara responde aos questionamentos quanto à principal crítica sobre a proposta da obra, de como fazer a superação do capitalismo sem a luta pelo poder, sem tomar o Estado.

Com toda certeza a presunção, principalmente entre as correntes ortodoxas leninistas, é que as elites dominantes e a classe burguesa nunca estariam dispostas a abdicar do seu poder político e hegemonia cultural em benefício dos trabalhadores e da humanidade. E isto é inquestionável. Em nenhum momento John Holloway e as teses desenvolvidas neste trabalho aludem o contrário. Mas duas coisas devem ser levadas em consideração: que a dominação de uma classe sobre outra é, para ficar-se nos termos da própria ortodoxia, também uma possibilidade que estende suas raízes a condições objetivas dos modos produtivos para a organização social, e suas respostas do ponto de vista da totalidade social (aí incluídas as esferas da superestrutura, culturais); que é também inegável que a luta pelo poder para depois instaurar as condições ideais, objetivas e subjetivas para a implantação do socialismo, portanto, que desconsidera o socialismo como processo, foi historicamente uma realidade de muito sofrimento com resultados que, no socialismo real, produziu ditaduras de governos burocráticos afastados de fato do poder popular que diziam representar.

 VEJA AQUI O TEXTO "EPÍLOGO" DE JOHN HOLLOWAY



[1] Edição original, 3ª., em inglês pela Pluto Press editores, Londres, 2010. O livro teve uma 2ª. edição em Londres, em 2005, pela mesma editora.

[2] Como pode ser aferido, além dos livros e artigos, nos vídeos do autor: veja-se john holloway youtube - Pesquisar.


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