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Mudar o Mundo Sem Tomar o Poder - Comunicação USP (FFLCH) - 24/09

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A pesquisa de pós-doutoramento é evolução de um braço fundamental da tese de doutorado, que pode ser verificada no livro “O Direito ao Ócio: os desafios ao trabalho e a nova cultura” (edições 70, 2021). Nos estudos de 4 anos atrás eu reconhecia a fragilidade dos mecanismos da luta dos trabalhadores, enaltecia as lutas de grupos de representatividade, inseridos nas lutas populares maiores, e refletia sobre a importância das atividades culturais e artísticas como forma de luta contra a reificação (alienação) capitalista. Essas ideias ainda orientam minha pesquisa atual, mas com maior ênfase ao autonomismo no fluxo de fazeres cotidianos anticapitalistas – a influência é das obras de John Holloway que passei a pesquisar. É isso que me proponho a apresentar. Encontro-me no meio da pesquisa atual: a mesma versa sobre a revolução radical do poder-fazer em John Holloway, a partir da ideia que devemos dar atenção para nossas atividades e comportamentos cotidianos , repito cotidianos , aqui e...

A Resposta: uma revolução está em curso?

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  [Imagem galizalivre.com]         Em 2010 [1] , John Holloway publicou a 3ª. edição de “Mudar o mundo sem tomar o poder”, acrescentando nessa edição um “Epílogo” onde de forma bastante clara responde aos questionamentos quanto à principal crítica sobre a proposta da obra, de como fazer a superação do capitalismo sem a luta pelo poder, sem tomar o Estado. Com toda certeza a presunção, principalmente entre as correntes ortodoxas leninistas, é que as elites dominantes e a classe burguesa nunca estariam dispostas a abdicar do seu poder político e hegemonia cultural em benefício dos trabalhadores e da humanidade. E isto é inquestionável. Em nenhum momento John Holloway e as teses desenvolvidas neste trabalho aludem o contrário. Mas duas coisas devem ser levadas em consideração: que a dominação de uma classe sobre outra é, para ficar-se nos termos da própria ortodoxia, também uma possibilidade que estende suas raízes a  condições objetivas dos mod...

Coreografias do impossível: O existencialismo no "epílogo" posterior de "Mudar o mundo de John Holloway".

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  "Essa vida sofrível possui um agente, o capital, e uma forma, a agência do desespero reprimido na base do constrangimento compulsório sobre nossos desejos de bem viver com dignidade, que resulta em uma miríade de recalques; mais tarde ou mais cedo, nunca de forma amena, eles se converterão em uma péssima felicidade, que conhecemos como  fetichização das mercadorias ", escreve  José Manuel de Sacadura Rocha , doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor do NEJ - Núcleo de Ética.  Eis o artigo.  Em 2010, na 3ª edição do livro  Mudar o mundo sem tomar o poder ,  John Holloway  escreveu um epílogo, com o subtítulo “ Moving Against-and-Beyond – Reflections on a Discussion ”[1] (Movendo-se contra e além – reflexões sobre uma discussão). Nele o autor procura responder, afinal, depois de perguntas e críticas que surgiram nos últimos dois anos: “Tudo bem, mas o que diabos fazemos? De todas as p...

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