Para os Jovens do Meu País
Brasil!
A História renasce na memória, se memória houver, se história ali existe.
Precisamos criar memórias, recriá-las, criar história.
Lembro de meu filho me dizendo que 'estava tudo errado', que 'tínhamos feito tudo errado'.
Lembro-me de falar sobre o cinismo do mundo com meu pai, lá trás, há muito tempo atrás.
Lembro da música da Elis 'Aos Nossos Filhos': "Perdoem por tantos perigos. Perdoem a falta de abrigo, perdoem a falta de amigos.Os dias eram assim...".
Renascer
Plantem amor, receberão amor!
Recolham o trigo, amassem o pão, deem as mãos.
Se beijem, abracem, cuidem das crianças, lembrem-se dos velhos,
Estendam vossas mãos aos inimigos.
Pintem-se, pintem a alma
Com as cores das ruas, das favelas, dos trabalhadores,
Porque esses não mentem.
Rasguem-se, chorem, gritem, cantem,
Curtam o verão, e o inverno com coragem e calma.
Dedos, bocas, peitos desnudos:
Gritem com os sexos amplexos.
E eu, eu que bebi em tua boca o fel amargo do ódio,
Eu que jamais esqueci as manchas e os córregos de sangue coalhado
Nas paredes, no chão, nos corredores, naquelas salas cheias de maldade;
Eu que rezei,
Que pedi uma bíblia e rezei,
Descobri que deus não existe de verdade,
Ou simplesmente para nós está alheado,
Vejo renascer o meu povo nas ruas
E em suas sombras refletidas no mais alto pódio.
Apesar deles, apesar de nós, apesar de tudo,
Daquele grito abortivo enquanto o ferro perfurava as entranhas,
Os filhos de nossos filhos ainda aí estarão para enfrentarem as balas e o gás
Com amor, com ternura, com desejo, com um grito não mais mudo:
Brasil para todos!
E eu penso, repenso, me abro de novo,
Renasço e levo uma camélia para meu amor,
Que sonha:
"Afinal, talvez tenha valido a pena".
A História renasce na memória, se memória houver, se história ali existe.
Precisamos criar memórias, recriá-las, criar história.
Lembro de meu filho me dizendo que 'estava tudo errado', que 'tínhamos feito tudo errado'.
Lembro-me de falar sobre o cinismo do mundo com meu pai, lá trás, há muito tempo atrás.
Lembro da música da Elis 'Aos Nossos Filhos': "Perdoem por tantos perigos. Perdoem a falta de abrigo, perdoem a falta de amigos.Os dias eram assim...".
Renascer
Plantem amor, receberão amor!
Recolham o trigo, amassem o pão, deem as mãos.
Se beijem, abracem, cuidem das crianças, lembrem-se dos velhos,
Estendam vossas mãos aos inimigos.
Pintem-se, pintem a alma
Com as cores das ruas, das favelas, dos trabalhadores,
Porque esses não mentem.
Rasguem-se, chorem, gritem, cantem,
Curtam o verão, e o inverno com coragem e calma.
Dedos, bocas, peitos desnudos:
Gritem com os sexos amplexos.
E eu, eu que bebi em tua boca o fel amargo do ódio,
Eu que jamais esqueci as manchas e os córregos de sangue coalhado
Nas paredes, no chão, nos corredores, naquelas salas cheias de maldade;
Eu que rezei,
Que pedi uma bíblia e rezei,
Descobri que deus não existe de verdade,
Ou simplesmente para nós está alheado,
Vejo renascer o meu povo nas ruas
E em suas sombras refletidas no mais alto pódio.
Apesar deles, apesar de nós, apesar de tudo,
Daquele grito abortivo enquanto o ferro perfurava as entranhas,
Os filhos de nossos filhos ainda aí estarão para enfrentarem as balas e o gás
Com amor, com ternura, com desejo, com um grito não mais mudo:
Brasil para todos!
E eu penso, repenso, me abro de novo,
Renasço e levo uma camélia para meu amor,
Que sonha:
"Afinal, talvez tenha valido a pena".
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