A Razão Monetarista do Idoso: Para Uma Ética do Envelhecimento
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A RAZÃO MONETARISTA DO IDOSO: PARA
UMA ÉTICA DO ENVELHECIMENTO
Eneida Teresinha Gasparini Cabrera[1]
José Manuel de Sacadura Rocha[2]
RESUMO
Até o começo do século XVI o idoso era considerado “sacro”, depositário de uma memória e experiência que precisava ser preservada – como o espaço do sagrado que na Antiguidade está impossibilitado de ser transacionado [consumido]. A partir de então, com o desenvolvimento das sociedades mercantis, alicerçadas por ciências e tecnologias do fazer e do pensar, o conhecimento acumulado pode ser difundido cada vez mais de forma utilitária – todo o conhecimento pretérito, e tácito, se acumula mecanicamente e assim entra no circuito dos sistemas de produção e consumo [profana-se]. A partir do século XIX o idoso passa a ser considerado do ponto de vista da produção e circulação, e quando toda experiência humana pode ser codificada (segunda metade do século XX), seu tempo de descanso e bem viver encontra-se fortemente comprometido, pois sua profanação nunca é para “uso” e sim para “consumo”.
[1] Advogada, Especialista em Direito Penal Econômico (IBCCRIM/COIMBRA). Email:eneidagasparini@gmail.com; Blog:http://gasparinicabreraadvocacia.blogspot.com.br; Lattes:http://lattes.cnpq.br/2139058817784540
[2] Professor, Doutorando no Programa de Educação, Arte e História da Cultura (MACKENZIE).
Email: jsacadura@bol.com.br;
Blog: http://profsacadura.blogspot.com.br;
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8001377940007556
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