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Mostrando postagens com o rótulo educação

Educação Política: Putin a Lula

  O "problema" na democracia é que ela funciona com certo grau de antiética - não adianta dizer que não existe os "nós" e "eles". Existe sim! Formação de caráter também é formação política!! E esse é o nó: vc progressista de esquerda andaria com pessoas sem escrúpulos, mesmo que aí resida algo estratégico? Esse é o problema: uma hora o que se aprendeu sobre caráter e democracia ficam "obsoletos" - ou "absolutos". Uma hora temos que escolher. Por isso a democracia é diária, escolhas diárias dizem para onde Todxs vamos, o que se constrói e o que se "pode" perder.  Quando alguém diz e reafirma que vai continuar a falar palavrões para externar sua opinião à guisa de uma compreensão sua da teoria, porque é crítica, não apenas destrói a força da teoria, mas o seu futuro. Ou ser progressista à esquerda implica nessa linguagem chula?  Dizem, que Putin perguntou à presidente Dilma se ela acreditava na democracia, ou se queria ajuda - e

Sociologia e o Jurídico: uma aula sobre seus fundamentos e violência

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Quando Auguste Comte propôs a sua “física social”, o século XIX já estava adiantado. Secretário de Saint-Simon, Comte herdou deste o gosto pela civilização, pela ciência e desenvolvimento tecnológico. Ambos, pais da sociologia, acreditaram no potencial da indústria e nas forças produtivas do sistema burguês, como forma de emancipar as sociedades europeias, e a humanidade, da miséria, atraso e crendice. Saint-Simon chegou mesmo a dizer que o operário da insalubre fábrica deveria ser bem remunerado e usufruir dos ganhos de capital do patrão. Neste pormenor, Comte jamais se pronunciou. Fez, querendo ou não, o jogo do liberalismo de Adam Smith e John Locke. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que nascia progressista na defesa do potencial tecnocientífico e fabril, a sociologia fazia o jogo conservador da classe dominante, ainda que revolucionária, a classe burguesa. Mas sem Comte (Discurso Sobre o Espírito Positivo) não existiria a sociologia. Uma ciência precisa de duas coisas: objeto pró

Educação e Modernidade: Revisitando a Paideía grega

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  Educação e Modernidade: revisitando a Paideía grega José Manuel de Sacadura Rocha O progresso científico é um fragmento, o mais importante indubitavelmente, do processo de intelectualização a que estamos submetidos desde milênios e relativamente ao qual algumas pessoas adotam, em nossos dias, posição estranhamente negativa. (Max Weber) Mas de tempos em tempos alguns poucos (muitas vezes no leito derradeiro) abrem os olhos e pregam ao mundo, como que um Auto de Fé: “Eduquem as crianças!”. Aí está!, a tábua de salvação parece desde sempre ser a Educação. Poucos também negariam isto - quando algo é unanimidade corre-se o perigo de se tornar uma “tábua rasa”, muitas vezes, especialmente útil às orientações oficiais. Não quer dizer que não exista esperança na Educação de crianças, jovens e principalmente adultos - são estes que mandam, são estes que “educam”. A questão é saber o que é educar? Para quê educar? Como o fazer? Palavras-chave: Educação, Pedagogia Social, Educação Grega, Grécia

As Veias de David (Meia Entrada)

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Agora essa idiotice de artistas e cantores sertanejos, que dizem que têm prejuízo!?, do lado do fascismo defenderem o fim da meia entrada. É tão absurdo que esquecem que a meia entrada não atende apenas demandas dos estudantes, mas de aposentados, idosos, deficientes, doentes e jovens de baixa renda, professores, coordenadores e diretores de escolas da rede pública (Existe Lei Federal 12933/13; Lei Estadual 15298/14). Acontece que a Educação e a Cultura não são propriedade de pessoas particulares, grupos os privilegiados. A Educação e Cultura são construções históricas coletivas cujos conhecimentos e experiências são passadas à frente geração após geração. Educação e Cultura são patrimônio universal da humanidade! Sua apropriação privada e sua comercialização são a maior perversidade e expropriação imposta à humanidade e, neste sentido, quanto mais a ciência e conhecimento humano se desenvolvem maior a desumanidade e hedionda, nonsense, a sua apropriação  e exploração privada. A Ed

Tempo de Trabalho Disponível e Pedagogia Social (Congresso Internacional)

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JOSÉ MANUEL DE SACADURA ROCHA TEMPO DE TRABALHO DISPONÍVEL E PEDAGOGIA SOCIAL Resumo Compreender a Pedagogia Social quanto à reprodução social geral, como unidade de ruptura que atinge por força objetiva das leis da reprodução do capital a possibilidade de emancipação criativa e profunda na relação ensino-aprendizado (ADORNO,2012). PROBLEMA: Como a hipérbole técnico-científica aplicada à esfera da produção altera a correlação de forças sociais e o imbricar de vários conteúdos das demais esferas da totalidade social, no caso das realizações socioeducativas menos subordinadas à esfera do fazer material (MORIN,2002) como a Pedagogia Social é o domínio mais importante das novas práticas educacionais? FUNDAMENTAÇÃO: A Pedagogia Social é a Ciência acadêmica que discute a filosofia e as práticas da Educação Social; estabelece os princípios para uma educação transformativa dos cidadãos edo projeto de vida coletiva; cria a teoria filosófica para as práticas de ensino, dos educadores

Torcedores II - Não Deixar Rastro

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Ocorreu-me que existe um motivo bem "maquiavélico" para que as ditaduras militares e os fascismo de forma geral tenham como princípio não apenas queimar livros, mas, principalmente, matar crianças, arrancá-las de seus pais e familiares e, na melhor das hipóteses (ter que escrever isto já é uma brutalidade indizível!) serem banidos do país e entregues a outras pessoas. Acontece sempre em todas as ditaduras, aconteceu nos fascismos europeus, nas ditaduras latino-americanas, na África e na Ásia. E está a acontecer pelo mundo hoje: refugiados, emigrantes, etnias perseguidas. Por quê? A resposta é na verdade simples: NÃO DEIXAR  RASTRO! Isto significa que os ditadores e seus seguidores fascistas acreditam que se existirem livros e textos que despertam uma outra consciência e façam as pessoas escolherem outras doutrinas que lhes impõem, eles sempre terão opositores e sempre se denunciará os seus crimes. Então o propósito é apagar a memória anterior e evitar que uma nov

Se os Tubarões Fossem Homens

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Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais,quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias, cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos. Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos

A Razão Monetarista do Idoso: Para Uma Ética do Envelhecimento

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37 A RAZÃO MONETARISTA DO IDOSO: PARA UMA ÉTICA DO ENVELHECIMENTO Eneida Teresinha Gasparini Cabrera [1] José Manuel de Sacadura Rocha [2] RESUMO Até o começo do século XVI o idoso era considerado “sacro”, depositário de uma memória e experiência que precisava ser preservada – como o espaço do sagrado que na Antiguidade está impossibilitado de ser transacionado [consumido]. A partir de então, com o desenvolvimento das sociedades mercantis, alicerçadas por ciências e tecnologias do fazer e do pensar, o conhecimento acumulado pode ser difundido cada vez mais de forma utilitária – todo o conhecimento pretérito, e tácito, se acumula mecanicamente e assim entra no circuito dos sistemas de produção e consumo [profana-se]. A partir do século XIX o idoso passa a ser considerado do ponto de vista da produção e circulação, e quando toda experiência humana pode ser codificada (segunda metade do século XX), seu tempo de descanso e bem viver encontra-se fortemente comprometido, poi

O Que Você Faria?

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O QUE VOCÊ FARIA SE FOSSEM SEUS FILHOS? O DIREITO MAIS ESTRITO É A MAIOR INJUSTIÇA (IMMANUEL KANT) I - MORTALIDADE : 18 a cada mil nascidas morrem no BRASIL antes de completarem 5 anos ; no norte e nordeste são 20 crianças a cada mil; no sul e sudeste são 13,3 crianças a cada mil. Eram 53,7 crianças que morriam a cada mil em 1990. ( LÍGIA FORMENTI - AGÊNCIA ESTADO 23 Maio 2014). Um indicador muito importante para a análise do IDH é a mortalidade infantil, que corresponde ao número de crianças que vão a óbito antes de atingirem um ano de idade . No BRASIL, as taxas de mortalidade infantil diminuíram muito nas duas últimas décadas, no entanto, o índice continua muito elevado, cerca de 23,6 mortes/ mil nascimentos. Se comparado a outros países, fica mais evidente que há muito o que melhorar, pois em nações como Suécia, o índice é de 3 mortes/mil nascimentos; Noruega, 10,4 mortes/mil nascimentos; e Canadá, 4,63 mortes/mil nascimentos. Até mesmo em países de menor desenvol

Não se trata de falar de exemplos. Todos nós somos o exemplo!

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Para minha mãe, eternamente, que carregou sempre os dois homens de sua vida no útero! Para minha mãe, que não o sendo, disse aos outros que também o era; carrega agora mais um homem em seu espírito! Faz algum tempo que estou lendo um livro, como um licor precioso ou um vinho muito antigo, que adivinhamos o aroma e o sabor, mas, de forma masoquista, não abrimos a garrafa para podermos admirá-lo, para usufruí-lo em doses homeopáticas, e, depois, lentamente sorvido como o amante vai ao ser amado para o sentir e não para tomá-lo. O livro é “A Milésima Segunda Noite” de Fausto Wolff. encontrei-o por acaso em um sebo há alguns meses e desde então as 1002 noites são sorvidas e sentidas noite a noite, umas poucas noites de cada vez. meu livro de cabeceira: rio, rio da emoção, quedo-me a pensar... Eis uma pitada do livro, na 459 noite: “O menino não pediu a chave que encontrou na casa escura. Nem a noite e nem o medo maior que a noite e maior que a casa. Socorram o menino com a chav

Sou Apenas um Professor: Réquiem para um final afinal

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Final... para eles aqui... 5 milhões de homens, mulheres, crianças, velhos... doentes, pobres, esfarrapados saídos dos guetos das nações que até os mais abastados deles fingiram não ver! não seria possível sem essa convivência com os algozes saídos da mais completa escuridão que só a mente humana é capaz de produzir. Final... de mais um ano... centenas, algumas, de pessoas que passaram por mim... esperanças renovadas em cada rosto, mesmo nos mais jovens, mesmo nos mais idosos, nos mais cansados, nos mais esquecidos dos guetos de hoje a esperança que existe afinal um fluxo e que chegaremos lá melhores! não seria possível conviver, sequer olhar, sem este último atributo trancado na caixa de pandora e libertado pela teimosia que só a mente humana é capaz de produzir. esta teimosia chama-se filosofia. Sou apenas um professor... como tal, se algo aprendi em tantos anos é que "santo de casa não faz milagres", claro, a menos que estejamos dentro, que tenhamos a senha, que o

Pedagógicas: Pena de Morte e Santa Maria

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Li, um dia destes, um texto ‘inusitado’, daqueles que dificilmente entrariam pela porta da frente de casa. Por nada em especial, simplesmente porque essa casa respirou sempre conforme os ares da ciência. Além disso, o texto refere-se a uma das principais controversas que os brasileiros terão que enfrentar, muito em breve, apesar das opiniões e dos grupos fortíssimos que lhe emprestam cores quase fanáticas. Refiro-me à Pena de Morte. Talvez o ‘inusitado’ do texto que li esteja mais no fato de exatamente discutir, dar opinião, esclarecer de um determinado ponto de vista menos empírico e cartesiano, algo tão concreto e preocupante como a Pena de Morte. Eu achei maravilhoso: tendenciosamente eu não consigo aceitar esse tipo de pena, e poderia aqui elencar fundamentos que vão desde Jesus até a exaurida e escatológica perversidade de nosso sistema penal. Mas não é isso que quero fazer aqui. Há muitos e muitos anos atrás eu descobri num baú em minha casa um livro de um escritor que s

Educação Sentimental

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Tenho proposto que a abordagem jurídica contemporânea reveja seus princípios e doutrinas, principalmente quanto aos mecanismos de punição, desde a reforma dos Códigos quanto da Jurisprudência pertinente, até a reforma da linguagem acadêmica jurídica. O conjunto de princípios inovativos que visam uma abordagem zetética e abolicionista, devem ser capazes de proporcionar uma reflexão que coloque o Direito no lugar de uma ‘significação jurídica não linear e não literal’. Não ‘linear’ quer dizer que as alternativas ao Direito posto devem conviver com lugares rebelados e não povoados pelos ditames convencionais da justiça, lugares de escape, lugares infames, lugares de desvario. Nesses rincões jurídicos, onde o Estado mal chega ou onde é desconhecido pelos indivíduos, normalmente desprezado por eles, é comum verificar-se um preenchimento de justiça que foge muito às interpetações e aplicações da justiça civilizatória; neste sentido que digo ‘não literal’. Quanto se tem a aprender par

Livro Ética no Direito