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Pós Tempos Modernos

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Vamos começar assim: os filmes de Charles Chaplin não são uma crítica ao capitalismo, mas uma crítica à sociedade industrial como um todo. Este mal entendido custou vários dissabores a Chaplin, como a sua saída dos EUA e o ostracismo que Hollywood insistia em colocá-lo, até se render à sua genialidade e lhe ofertar um Oscar pelo conjunto de sua obra e contribuição para o cinema mundial. Prêmio, aliás, que ele não queria receber, não fosse a insistência de sua família e amigos, bem como o apoio recebido de intelectuais e fãs do mundo inteiro. Chaplin e seu personagem Carlitos, o eterno vagabundo, escondia uma crítica maior e representa, ainda hoje, uma denúncia muito mais profunda e radical aos sistemas tecnocientíficos e tecnocratas modernos. Os sistemas modernos escondem pretensões totalitárias, são sistemas montados para a disciplina, controle e contemporaneamente para a vigilância cibernética. O que Chaplin descobria com seu personagem é a fuga desse maquineismo, dessa domesticaçã

Torcedores I - Projeção e Nonsense

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Torcedores são imprevisíveis, são emocionais, seguem os líderes (seja ele qual for!), são sectários e vingativos. Mas tenho minhas dúvidas se podemos ser diferentes?! Explico: os seres humanos são animais altamente gregários, coletivos, estabelecem vínculos duradouros, se unem por necessidade e desenvolvem formas e regras de convívio que depois de certo tempo já não lhes parecem racionais e políticas, mas sim naturais, isto é, deixam de perceber conscientemente que foram eles mesmos que fizeram as regras de convivência e elaboraram as noções básicas de valores morais. Em suma o ser humano é um animal cultural! Como homens modernos, iluministas, acreditamos inicialmente que a construção da vida social, as relações sociais econômicas, políticas, jurídicas e culturais de forma geral seriam orientadas pelo conhecimento científico e racionalidade. Isso nos salvaria das perseguições e dos fanatismos religiosos e da dominação da aristocracia. Estávamos enganados! Depois descobrimos

QUE SE VÁ FIDEL!

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A grande questão da política ao longo dos séculos é a luta pela liberdade com justiça. Infelizmente os homens só têm conseguido implantar ora a liberdade ora a justiça. Nosso sistemas liberal é melhor para a garantia da liberdade, mas ruim para conseguir justiça. O regime de Fidel foi durante muito tempo um exemplo de justiça, mas sem liberdade. De qualquer forma o socialismo vai muito além do que Fidel fez em Cuba. A transição para a sociedade comunitária deve destruir as amarras do velho liberalismo sem justiça, para que no final o comunismo possa ser liberdade e justiça juntos. O problema é que no socialismo real, esse de Cuba, China, etc, o socialismo em vez de se destruir, se fortalece como um regime sem liberdade em nome da justiça. E o tiro sai pela culatra: quanto mais as pessoas se sentem justiçadas mais elas querem liberdade! Mas o contrário nem sempre é verdadeiro: as pessoas com mais liberdade nem sempre estão dispostas a lutar por justiça! O primeiro é o problema deles; o

Livro Ética no Direito