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Mostrando postagens com o rótulo José Sacadura

ANTROPOLOGIA GERAL E JURÍDICA - 6a. Edição

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  Quem ler este livro não pode chegar a duas conclusões: primeiro, que aqui se defende uma volta a um passado idílico do tipo “bons selvagens” como proposta alternativa aos desatinos de nossa civilização atual; depois, que se imaginou as sociedades primárias absolutamente pacíficas sem alguma propensão ao conflito. Quem tem presenciado os últimos acontecimentos que envolvem nossas comunidades indígenas pode perguntar afinal se as sociedades primárias têm algo a nos oferecer como exemplo de convívio que respeita a alteridade e a autonomia dos povos viverem em paz. Mas isto deve ser melhor explicado!   As contradições e conflitos entre os grupos sociais sempre existiram e sempre existirão. Da dialética desses enfrentamentos a humanidade deverá aprender a ser melhor. Acredito nessa visão. O que não acredito é que o conflito seja para sempre o resguardo da ganância desmedida, do egoísmo e da prepotência, características de um tipo de civilização que, quiçá, ainda há de construir a igualdad

Classe, Consciência e Precariado

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As trabalhadoras e trabalhadores modernos dos setores de serviços não são uma “nova” classe em formação, mas frações da classe trabalhadora   Este artigo tem por pano de fundo determinada correlação entre o “fim do trabalho” e a “consciência” do moderno trabalhador assalariado. Parte do princípio que o assim chamado Precariado não constitui uma nova consciência de classe e que, portanto, as trabalhadoras e trabalhadores modernos dos setores de serviços, serviços financeiros e organizações sociais, ainda que organizados e ainda que presentes nos movimentos sociais, não são uma “nova” classe em formação, mas frações da classe trabalhadora. VEJA O ARTIGO COMPLETO Leia também ENSAIO SOBRE O HOMEM COLETIVO Estou no FACEBOOK Estou no INSTAGRAM  

A Gargalhada: O Expressionismo Alemão e o Bolsonarismo

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O Gabinete do Dr. Caligari (1920). Entre 1919 e 1924, no período logo após a 1ª. Guerra Mundial, surgiu na Alemanha um movimento estético chamado de Expressionismo Alemão. O primeiro filme que iniciou o movimento chama-se "O Gabinete do Dr. Caligari". Sua história é a seguinte: dois soldados alemães no final da guerra estão hospitalizados devido a seus ferimentos e descobrem que têm as mesmas ideias sobre as guerras. Após a guerra ambos decidem escrever o roteiro de um filme sobre o tema, mas de forma metafórica. O roteiro original foi escrito por Hans Janowitz e Carl Mayer, e foi dirigido em 1920 por Robert Wiene. A este último se deve em grande parte os efeitos que o filme teve sobre o povo alemão na época e, afinal, efeito que perdura até nossos dias, não como fatalidade, mas como "farsa". Aconteceu que os dois roteiristas venderem o roteiro e os produtores da época convidaram Fritz Lang (do filme "Metrópolis") para o dirigir. Este por sua vez, alegando

MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER

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 MORAL E ESCOLHA EXISTENCIAL NO DIREITO: O PENSAMENTO DE AGNES HELLER* José Manuel de Sacadura Rocha RESUMO Agnes Heller, a filósofa húngara que sofre a perseguição do governo socialista sob a dominação do totalitarismo stalinista no leste europeu do pós 2a. Grande Guerra, talvez seja o expoente mais respeitável e importante no pensamento contemporâneo quando se trata de filosofia da moral. A partir de leituras reveladoras de Rousseau, Kant e Hegel, Kierkegaard ou mesmo Foucault e Rawls, entre outros, a autora cria o “conceito ético-social de justiça”, que remete o saber sobre moral e ética ao dever de opção irrefutável por uma forma de vida ética, “vida boa” e honesta, ao mesmo tempo a necessidade de lutar por “máximas morais universais” sem deixar que normas morais, contudo, possam aniquilar as decisões soberanas dos indivíduos. Palavras-chave: Moral e Ética. Justiça Ético-Social. Ética da Personalidade. *Publicado originalmente na Revista do Instituto dos Advogados de São Paulo, n.1

Educação e Modernidade: Revisitando a Paideía grega

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  Educação e Modernidade: revisitando a Paideía grega José Manuel de Sacadura Rocha O progresso científico é um fragmento, o mais importante indubitavelmente, do processo de intelectualização a que estamos submetidos desde milênios e relativamente ao qual algumas pessoas adotam, em nossos dias, posição estranhamente negativa. (Max Weber) Mas de tempos em tempos alguns poucos (muitas vezes no leito derradeiro) abrem os olhos e pregam ao mundo, como que um Auto de Fé: “Eduquem as crianças!”. Aí está!, a tábua de salvação parece desde sempre ser a Educação. Poucos também negariam isto - quando algo é unanimidade corre-se o perigo de se tornar uma “tábua rasa”, muitas vezes, especialmente útil às orientações oficiais. Não quer dizer que não exista esperança na Educação de crianças, jovens e principalmente adultos - são estes que mandam, são estes que “educam”. A questão é saber o que é educar? Para quê educar? Como o fazer? Palavras-chave: Educação, Pedagogia Social, Educação Grega, Grécia

As Várias Formas do Direito Natural

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I - Aristóteles      a) O Direito das Coisas: como elas são em suas propriedades e características únicas, as definem e definem sua grandeza e sua ordem; "são como são"; seres vivos ou não, têm uma classificação própria na natureza; o homem se distingue pelo logos (raciocínio e linguagem); ser escravo é da ordem das coisas, e os direitos sobre ele é da ordem do direito das coisas.      b) O Direito Posto: a natureza pode ser "desigual", por isso o homem pode e deve usar de seu logos para pensar - e construir! - a vida em sociedade com sabedoria ( praxis ); a sabedoria não pode estar naquilo que é apenas o que é; a ação política é a ação do homem para a felicidade coletiva; o direito posto - no caso do coletivo ou direito público - busca o equilíbrio entre os interesses desproporcionais da ordem das coisas; busca o equilíbrio entre os desiguais e as desigualdades humanas. II - Epicuro      a) O Direito Natural: convenção entre os homens; um pacto en

Do Direito e da Arte de Governar II - A construção da democracia no Brasil pós 88

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DOMINAÇÃO, IMPUTAÇÃO E PARTIDOS POLÍTICOS Escrevi este texto em 19 de novembro de 2010, logo após a eleição do primeiro governo de Dilma Rousseff. Recentemente em minha página do facebook (https://web.facebook.com/professor.sacadura), após as eleições de 2018, diante da perplexidade e frustração dos grupos sociais à esquerda, postei uma série de 10 assertivas procurando indicar, na minha opinião, quais os principais erros do progressismo, desde a redemocratização do nosso país, que levaram ao retrocesso espelhado no resultado direitista e conservador vencedor. A cada uma destas assertivas (ora perguntas, ora afirmações, ora provocações!) tenho procurado, agora, formular algumas teorias à luz da filosofia política e da sociologia contemporânea (https://web.facebook.com/professor.sacadura/photos/a.391108614642920/628630614224051/?type=3&theater). Desta feita, cabe responder à afirmação "VI - A ESQUERDA ERRA QDO VENERA A DEMOCRACIA... O QUE ESTÁ AÍ NÃO É CULPA DE UM PARTIDO,

Memória e História em termos Kitsch - Revisitando Blade Runner (2019)

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Fonte da foto: IGN.com Uma narrativa contém toda a expressividade da experiência vivida que varia em grau entre a pessoalidade e impessoalidade, entre a identidade (particular) e a personalidade (subjetiva a partir do coletivo); mas de todas as formas tem que ser interpretada. Hayden White (2011, p. 588) indaga com propriedade: “A história é uma atividade interpretativa, qual é sua política?” Aquilo que se lê, pelo plano cultural, superestrutural, portanto, não é o mesmo a cada momento, o que significa que a cada momento uma historiografia se forma com base em um repertório que não e só pessoal, mas sobre a influência de uma memória que não é apenas isso, ela é igualmente impessoal (coletiva). É por aqui que podemos então afirmar que “coletivamente” a memória funciona como o elo de continuidade “do já dado”. Mas mesmo sendo assim, parece irrefutável que para o Ser é inexcusável essa necessidade de recuperação e preservação da memória, possivelmente não tanto pelo repetir do “já

Direito e Política Criminal em Hegel

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Fonte Fig.: arteref.com Friedrich Hegel discorda que um indivíduo não possa dispor, pelo “contrato social”, de sua própria vida e em qualquer situação, e não apenas no caso de um crime com alto grau de violência – esta discordância diz respeito diretamente a Cesare Beccaria ( Dos delitos e das penas ). Na verdade, para Hegel não se coloca a questão de classificação do delito, pois não faz diferença em sua metafísica o grau de periculosidade, ofensividade ou violência. Não é nestes termos que Hegel discorda de Beccaria, já que não é propriamente a reparação ou punição, ou o delito, que possivelmente se apresenta como mais importante em sua filosofia do Direito.   O que precisa ser explicado é qual o poder necessário e qual a justificativa para que “objetivamente” um indivíduo seja punido com a pena capital, já que do ponto de vista subjetivo, individual, difícil e de forma precária se poderá criar um consenso sobre esse tipo de punição. Daí que Hegel não tem constrangimento

LIVRO SOCIOLOGIA JURÍDICA 7a. ED

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LIVRO HISTÓRIA DO DIREITO

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Nossa história e o direito em sua construção ocidental dos gregos aos dias atuais no Brasil. Anexos COMENTADOS dos principais códigos que deram origem ao direito romano-germânico. Análise dos principais institutos e filosofia do direito latino em contraponto ao direito anglo-saxônico. VEJA MAIS AQUI...

LIVRO DE ANTROPOLOGIA JURÍDICA

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VEJA MAIS ANTROPOLOGIA- GERAL - JURÍDICA - DO BRASIL - ESTUDOS DE CASO - RESUMOS -LIVRO ADOTADO Quem ler este livro pode chegar a duas conclusões: primeiro, que aqui se defende uma volta a um passado idílico do tipo "bons selvagens" como proposta alternativa aos desatinos de nossa civilização atual; depois, que se imaginou as sociedades primárias absolutamente pacíficas sem propensões ao conflito e sempre dispostas à paz. Quem tem presenciado os últimos acontecimentos que envolvem nossas comunidades indígenas deve-se perguntar afinal se as sociedades primárias têm algo a nos oferecer como exemplo de convívio que respeita a alteridade e a autonomia dos povos viverem em paz. Gostaria de dizer que não compartilho de nenhuma das assertivas acima. (...) As contradições e conflitos entre os grupos sociais sempre existiram e sempre existirão. Da dialética desses enfrentamentos a humanidade deverá aprender a ser melhor. Acredito nessa visão. O que não acredito é que o conf

Livro Ética no Direito