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Mostrando postagens de julho, 2012

Só de Sacanagem

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Dia 02 de agosto de 2012. Um dia que ficará na história republicana do Brasil. Pode ficar na história como o dia em que o País voltou a acreditar e ter esperança. Pode ficar na história como o dia em que, definitivamente, o País enterrou a ética e a justiça. Seja o que for que aconteça a partir do dia 02 de agosto de 2012, as instituições políticas e de justiça neste País serão, indelevelmente, julgadas pelo povo brasileiro, a começar pela corte maior de justiça, o Supremo Tribunal Federal. Não se julga apenas o Mensalão e seus protagonistas, o governo e o PT, o Lula e o Marco Valério, as instituições financeiras e os conchaves políticos, a formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta; não se trata apenas disso, mas da vontade de uma Nação inteira em se sentir digna e dignificar seu Direito e seu Brasil. Eu há algum tempo respondi a Rui Barbosa nos mesmos termos, quando no início de nossa República o mesmo desd

O Fundamento do Amor na Filosofia Fantástica

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A consciência é uma ficção coletiva! Pretende-se mostrar que se conhecimento e liberdade não se opõem, tampouco se fundem. Uma estética consequente e responsável não abusa da liberdade. Esclarece-se que a ética responsável não abomina o livre-arbítrio, sendo, na verdade, mais fácil observar o quanto este último pode demagogicamente levar ao infortúnio de uma vida sem razão. A saída do “paraíso” não é o castigo pelas privações, mas o sofrimento pelo entendimento. Quem sabe escolhe dolorosamente. Conhecimento e liberdade exigem doses insuportáveis de responsabilidade. Deriva disto ser comum preferirmos o “engano” do livre-arbítrio, como irresponsabilidade ou tão somente como argumento paliativo. O conhecimento leva à liberdade, disso se alimenta a mínima noção de responsabilidade ética e política das sociedades desde a Antiguidade. Contudo, o inverso não é, para nossa angústia, igualmente irrefutável. Liberdade não leva, originariamente, ao conhecimento. Também o fato

Quando a Impaciência é uma Virtude

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As pessoas procuram a vida no tempo; devia-se procurar o tempo na vida. Não temos tempo. O tempo está, nós passamos por ele. Vimos, contamos uma história e vamos embora. No final, o nada. Para quem estranha, para quem precisa de distância, para quem pensa, o tempo é sempre curto. Meu amigo Alberico me disse certa vez: “Agora professor, que temos algo a dizer, que sabemos o que dizer, temos esse ardor permanente que vem da certeza de que não temos tempo!”. * Sabem, ela estava bem ali, disfarçada, dissimulada, escamoteada, escondida atrás de um copo com o resto de café do almoço que algum freguês, um daqueles que vêm à padaria no almoço como se fossem ao banheiro da fábrica, com as mãos sujas, as unhas pretas de graxa, algumas marcas do mesmo produto na cara sem lavar, cheirando a querosene misturado com o acredoce do suor incrustado na pele. E o ‘jaleco’ usado atrás de algum torno velho e barulhento?! Atrás de mim: - Um cafezinho, por favor. - Do almoço, é? - É!

Livro Ética no Direito